Posse de 5,5 mil prefeitos novos ou reeleitos em todo o Brasil no primeiro dia de 2025

Brasil empossa nesta quarta 5,5 mil prefeitos novos ou reeleitos

A posse de prefeitos e vice-prefeitos é definida pela Constituição Federal para o primeiro dia do ano. O início DE 2025 é marcado, em todo o país, pela posse DE novos prefeitos e vice-prefeitos em todo o país, eleitos nas eleições municipais realizadas em 2024.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o pleito foi realizado em 5.569 cidades nos 26 estados do país. Em 51 delas, a disputa foi concluída no segundo turno.

Como mostrou o DE, ao menos 18 municípios não terão a tradicional cerimônia DE posse no primeiro dia do ano. Isso porque o processo eleitoral, nesses lugares, está emperrado por problemas judiciais, e ainda precisa de análise dos tribunais eleitorais.

São casos de problemas na candidatura do concorrente a prefeito com mais votos. Oito estão em São Paulo, três no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, um no Paraná, Bahia e Espírito Santo.

A data da posse de prefeitos e vice-prefeitos é definida pela Constituição Federal de 1988. Já a posse dos vereadores eleitos é definida pela lei orgânica de cada município. Dessa forma, não possui data única.

De acordo com o TSE, quase 156 milhões de eleitores puderam votar nas eleições municipais de 2024. As mulheres foram 53,4% do total, quase 82 milhões de eleitoras.

Dos 16 deputados federais que disputaram o segundo turno das eleições municipais em prefeituras pelo país, apenas cinco foram eleitos.

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“Chefe de quadrilha liderou roubo a banco por WhatsApp e fugiu da Papuda”

“Progresso 007”: fugitivo da Papuda liderou roubo a banco por WhatsApp

Quadrilha recebia ordens de Argemiro Antônio da Silva, 62 anos, por WhatsApp direto da cadeia. Na sexta, mandante do grupo fugiu da Papuda. Com fuzil e armas de uso restrito, bandidos invadiram uma agência bancária em Carmo do Rio Verde (GO) na madrugada de 24 de março de 2018. O município é pequeno, com apenas 9 mil habitantes, e o tamanho era um dos interesses do grupo, que mirava em locais pacatos e com menor força policial. A ação típica de grupos do Novo Cangaço tinha como objetivo roubar a instituição financeira, repetindo o assalto milionário que ocorreu em outra cidade do interior goiano por parte do grupo semanas antes.

Os bandidos, no entanto, foram surpreendidos por policiais militares e civis de Goiás que já esperavam o ataque. A ação resultou em três minutos de troca de tiros e na morte de três envolvidos no crime. A quadrilha agia na madrugada e era liderada, por meio do WhatsApp, pelo mesmo homem que fugiu do Complexo Penitenciário da Papuda nessa sexta-feira (3/1). Também antes de raiar o dia, Argemiro Antonio da Silva, de 62 anos, serraram as grades do banheiro da ala de idosos da penitenciária no Distrito Federal e escaparam.

Ele cumpria 125 anos de cadeia por penas somadas, incluindo outro roubo a banco e latrocínio. Uma investigação policial apontou que Argemiro, vulgo “Costelinha”, era chefe de uma quadrilha de roubo a bancos na época do crime em Carmo do Rio Verde. Dias antes, em Crixás, o bando de criminoso liderado pelo atual fugitivo levou R$ 1.346.467,08 em espécie da agência bancária. Na época, Argemiro estava detido no complexo prisional de Aparecida de Goiânia por outros delitos. Da cela, orquestrou o assalto à agência do Banco do Brasil de Crixás e a Carmo do Rio Verde, municípios a 340 km e a 207 km de distância dele respectivamente.

Os bandidos recebiam instruções direto do WhatsApp em um grupo chamado “Progresso 007”, que dividia a operação em duas equipes: uma responsável por entrar na agência bancária e outra, pela locação de imóveis e pelo deslocamento. A organização criminosa ainda levou dois revólveres calibre 38 e 20 munições que pertenciam à equipe de vigilância. Essas informações constam na denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) naquele mesmo ano. O roubo bem-sucedido provocou uma investigação que acabou por desmantelar a quadrilha.

Na sentença que condenou Argemiro a 17 anos de prisão, a Divisão Antirroubo a Bancos, da Polícia Civil de Goiás (PCGO), detalhou como chegou ao mandante que operava a rede criminosa. A Divisão Antirroubo a Bancos, da Polícia Civil de Goiás (PCGO) teve o apoio de um informante. Ele avisou que haveria um novo roubo no fim do mês, em outra cidade. Os investigadores identificaram que Argemiro programava o crime para a data prevista em Carmo do Rio Verde (GO). Segundo a polícia, os criminosos escolhiam uma cidade no interior por conta da quantidade pequena de viaturas no município. Eles contaram com o apoio de Daniela Rodrigues da Silva, que seria responsável por alugar uma casa e um carro.

A quadrilha, que recebia ordens de Argemiro por meio de um grupo de WhatsApp intitulado “Progresso 007”, estava dividida em dois grupos: uma responsável por entrar na agência bancária e outra, pela locação de imóveis e pelo deslocamento. Sabendo o local do próximo crime, os policiais mapearam todas as agências bancárias, traçaram possíveis rotas de fuga e acompanharam carros com placas de outras cidades ou que tivessem sido alugados. Equipes ficaram de campana a partir de 23 de março em pontos diferentes na cidade. A estratégia era surpreender o grupo na noite do crime.

Por volta das 22h de 24 de março, uma intensa movimentação começou na porta da agência do Banco do Brasil. A polícia identificou que três carros que já eram monitorados passaram na frente da agência. Na madrugada, uma das criminosas envolvidas simulou uma discussão na porta do banco. O intuito era ver se alguém por perto alertaria a polícia ou se uma viatura passaria naquele horário. Às 3h, um veículo estacionou nas proximidades da instituição bancária, e os bandidos desembarcaram do carro. Eles começaram a furar as paredes do banco. Os bandidos acionaram um equipamento bloqueador de sinais para desabilitar tanto o alarme da agência quanto os celulares próximos. Por conta disso, os dispositivos da polícia sofreram alteração.

Segundo os investigadores, o objetivo do bloqueio era impedir que alguma testemunha acionasse a polícia. Arilson Eduardo da Conceição era o responsável pelo dispositivo e saiu de Cuiabá (MT) para operar o equipamento. Os criminosos tinham maçarico, ferramenta para quebrar a parede da agência e o bloqueador de sinal. Eles ainda estavam armados com um fuzil e duas pistolas de uso restrito. Os bandidos ainda não sabiam, mas as equipes policiais tinham fechado todo o cerco em volta do banco. Após ordem da Delegacia Antirroubo, a Polícia Militar de Goiás entrou em ação e abordou os criminosos. Eles tentaram fugir pelos fundos, mas viram que os policiais os encurralavam.

Segundo a investigação, os bandidos revidaram, o que culminou em três minutos de troca de tiros, com três pessoas mortas, todas da quadrilha. A polícia apreendeu os celulares dos criminosos e identificou o grupo “Progresso 007”, com conversas relacionadas a crimes contra instituições financeiras, com fotos e áudios dos suspeitos apontando os obstáculos na ação. Um dos envolvidos conseguiu avisar no grupo a ação da polícia. Em seguida, todos foram excluídos. As investigações comprovaram que o grupo era administrado por Argemiro de dentro da cadeia. Por esse processo, Argemiro cumpria pena de 17 anos e 6 meses. Além dele, Laurêncio Francisco da Silva, conhecido como Véi Lourenço, também estava preso e integrava a quadrilha. Ele ainda não tinha sido condenado quando morreu. Os dois foram apontados na investigação como tendo forte ligação a uma facção do Rio de Janeiro, mas sem detalhes sobre qual.

Nessa sexta-feira (3/1), Argemiro serrou as grades do banheiro da cela para fugir da cadeia. Apesar da idade, Argemiro estava em um bloco com presos do semiaberto que não tem o controle tão rígido quanto em outros locais. Por conta da idade, Argemiro se encontrava na ala de idosos, do Centro de Internamento e Reeducação (CIR), quando escapou. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape/DF), a fuga foi constatada por volta das 7 horas desta sexta, em conferência de rotina feita pelos policiais penais. “Prontamente, a equipe efetuou buscas no perímetro e realizou ocorrência policial, solicitando a perícia da Polícia Civil (PCDF) no local”, informou a Seape em nota. De acordo com a nota, equipes de recaptura da Polícia Penal estão realizando diligências em todo o Distrito Federal.

Qualquer informação sobre o paradeiro de foragidos do sistema penitenciário deve ser repassada à Polícia Penal do DF pelo telefone (61) 99666-6000, à PMDF pelo 190 e à PCDF no 197. A denúncia é feita de forma anônima. Veja a lista do que foi apreendido com os criminosos:
1 marreta grande; 1 extensão de energia; 1 mochila contendo um aparelho bloqueador de sinal de aparelhos celulares com dezesseis antenas; 2 esmeriladeiras; 89 discos de corte; 5 discos de corte para cerâmica; 1 maleta contendo um aparelho martelete perfurador/rompedor SH60101; 1 furadeira, com 10 brocas 1 carregador de bateria; 1 fonte de energia; 1 talhadeira de cor verde; 1 ferro de solda, Fox Lux; 1 uma parafusadeira, com um cabo de energia acoplado; 1 cabo de energia vermelho; 1 uma mochila preta contendo um transformador de energia 8 celulares; 1 pistola marca Taurus, calibre .40, com 6 munições intactas; 1 pistola marca Glock calibre 9mm, com 8 munições intactas; 1 fuzil com luneta, calibre 7 mm, sem marca e numeração aparente; 1 bolsa de viagem; 2 pés de cabra; 1 barra de aço ligada a um cabo de energia; 1 barra de aço curva; 1 mochila contendo 3 chaves de fenda, 3 luvas de borracha, 1 chave-inglesa, 1 alicate, 1 alicate de corte, 1 marreta, 2 pontas de pé de cabra; 1 cilindro de oxigênio, com aferidor de pressão e duas mangueiras acopladas; 4 mangueiras de cobre para solda; 2 carros.

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