A posse de Nicolás Maduro foi marcada por ausência de líderes internacionais e por panelaços em diversas regiões de Caracas. Durante a cerimônia na Assembleia Nacional, Maduro confirmou a criação de uma comissão para revisar a Constituição de 1999, outorgada por Hugo Chávez, com o objetivo de democratizar a vida política e social da Venezuela. Ele prometeu um período presidencial de paz, prosperidade, igualdade e nova democracia, estendendo seu mandato até 2031.
A falta de transparência no resultado das eleições de julho do ano passado gerou críticas da oposição e da comunidade internacional. Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções à Venezuela por violações dos Direitos Humanos e pela falta de transparência no processo eleitoral. A presença de líderes internacionais na posse de Maduro foi limitada, com destaque apenas para os presidentes de Cuba e Nicarágua, enquanto outros países foram representados por emissários.
A oposição venezuelana denunciou a posse de Maduro como um golpe de Estado e apontou González Urrutia como o presidente legítimo. Os Estados Unidos rejeitaram a posse de Maduro, chamando-a de farsa, aumentando a recompensa pela captura do líder venezuelano e impondo sanções contra autoridades governamentais. Maduro, por sua vez, reafirmou sua vitória nas eleições e prometeu uma reforma constitucional para seu próximo mandato.
A Venezuela anunciou o fechamento temporário da fronteira com a Colômbia, gerando surpresa e dificuldades para os cidadãos que circulam entre os dois países. Maduro, no poder desde 2013, busca consolidar seu governo com uma possível reforma constitucional que pode restringir as liberdades individuais. O país enfrenta uma crise econômica profunda, com alta inflação e escassez de produtos e medicamentos, levando milhões de venezuelanos a buscar refúgio em outros países.
Com mais de sete milhões de venezuelanos fugindo da crise, a pressão internacional sobre Maduro aumenta, principalmente com a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. O republicano impôs um embargo de petróleo à Venezuela no passado e novas sanções podem estar em vista. A situação política e econômica do país sul-americano continua incerta, com desafios significativos a serem enfrentados no futuro.