O possível fim da reeleição tem gerado especulações sobre como essa medida afetaria líderes políticos como Lula. A proposta aprovada no Senado, se passar na Câmara dos Deputados, acabará com a reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República, além de aumentar o mandato para 5 anos e unificar a data das eleições a partir de 2030.
Com essa mudança, o pleito de 2026 não seria impactado, permitindo que o presidente Lula busque uma possível reeleição. No entanto, a partir de 2030, novos eleitos não poderão mais ser reconduzidos aos cargos. A unificação das eleições é defendida como forma de encerrar o ciclo constante de pleitos eleitorais que geram instabilidade política.
A discussão sobre o fim da reeleição ganhou força no Senado durante a gestão de Rodrigo Pacheco à frente da Casa. Líderes de diferentes espectros políticos têm defendido a medida como forma de evitar um ambiente eleitoreiro constante. A PEC aprovada pela CCJ estabelece regras específicas para prefeitos, governadores e presidente da República visando extinguir a recondução no Executivo.
A possibilidade de um chefe do Executivo se reeleger foi introduzida por uma emenda constitucional em 1997. Atualmente, são registrados recordes de reeleições, o que tem gerado críticas e levado políticos como Fernando Henrique Cardoso a classificar a reeleição como um equívoco. A proposta de acabar com a reeleição visa promover uma renovação política e evitar um viés eleitoreiro prejudicial aos mandatários.
Agora, o texto seguirá para votação no plenário do Senado, onde precisará alcançar ao menos 49 votos favoráveis em dois turnos. Posteriormente, o projeto precisará ser aprovado pela Câmara dos Deputados para entrar em vigor. A PEC também propõe aumentar o tempo de mandato para 5 anos, com exceção dos senadores a partir de 2030. A discussão sobre o fim da reeleição continua gerando debates e expectativas sobre os rumos da política brasileira.