Chineses expõem a possível realidade por trás das bolsas de luxo
O ato se iniciou após Donald Trump anunciar um aumento de 145% nas tarifas de produtos importados da China. A famosa frase dita na série Sex and The City “Não é uma bolsa, é uma Birkin” define bem como bolsas de luxo são vistas no mercado, não sendo apenas um acessório, mas sim uma declaração de status. No entanto, será que tem tanta diferença assim? Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um aumento de 145% nas tarifas de produtos importados da China na última semana, diversos fabricantes do país asiático começaram a expor a produção de bolsas de luxo como forma de “resposta”.
Peças da grife francesa Chanel com detalhes na forma da flor camélia. Conhecido como Sen Bags, um empresário chinês explicou, em vídeos publicados no TikTok, como todo o esquema de exploração de países europeus e dos Estados Unidos funciona: grifes como a Hermès, por exemplo, que vendem uma bolsa no valor de aproximadamente US$ 40 mil, compra os itens, na verdade, por cerca de US$ 1400 direto na fábrica chinesa. A única diferença que aumenta o valor é a logo e a informação “Made in Italy” ou “Made in France“. “Se você não liga para a logo, você apenas quer a mesma qualidade e mesmo material, você pode comprar diretamente conosco. Também usamos exatamente o mesmo couro e a mesma ferragem”, ressaltou.
A famosa Birkin (Hermès) teve uma valorização de 14,2% ao ano entre 1980 e 2015, uma rentabilidade maior que a do ouro nesse período. Os números levam muitos a considerá-la até como um “investimento” para quem compra. O empreendedor ainda afirmou: “Agora que os EUA e o seus ‘irmãozinhos’ europeus estão tentando recusar produtos chineses, você não acha que marcas de luxo não estão tentando mover seu OEM (a sigla em inglês que significa Fabricante de Equipamento Original) para fora da China? Sim, eles estão, mas eles falharam, porque as fábricas OEM fora da China não têm um bom controle de qualidade, e eles não tem um artesanato tão bom”.
Todas essas informações, no entanto, não foram confirmadas pelas grifes citadas, mas vale a reflexão: será que todas as bolsas vendidas com preços exorbitantes são, de fato, produzidas artesanalmente na França ou Itália? Já no início deste mês, em meio aos 75 países cujos produtos importados terão tarifas nos EUA, a China ficou com 34% (sem contar com os 20% já cobrados, que seriam somados ao valor final). Mesmo com a trégua de 90 dias, Trump subiu a cobrança em mais 50% devido à resposta da China, que devolveu na mesma moeda, cobrando 34% dos produtos estadunidenses importados por lá.
O país asiático, então, igualou sua cobrança interna em 84%, o que fez o presidente americano subir a tarifa para 125%. Somada aos 20% de antes, ela totaliza 145% a mais sobre produtos chineses importados nos EUA, o que fez a China proibir, de forma imediata, a entrada de filmes americanos em seu território. No entanto, todas as decisões recentes e medidas tomadas por Trump ainda geram incertezas e questionamentos sobre a realidade por trás das bolsas de luxo e a produção de produtos importados da China.
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