A década de 2010 em Belo Horizonte foi um período de grande transformação cultural, marcando a cidade de forma significativa. Nesse contexto, a proibição de eventos populares na Praça da Estação pela prefeitura local levou a juventude da classe média a demonstrar seu descontentamento de forma criativa e bem-humorada. Assim, surgiu a “Praia da Estação”, uma espécie de praia urbana montada no coração da cidade, com elementos como biquínis, sungas, frangos assados e instrumentos musicais.
Com o decorrer do tempo, a “praia” se tornou um ponto de encontro para grupos de amigos, que acabaram dando origem a blocos de carnaval, transformando as ruas de Belo Horizonte em verdadeiras festas coloridas durante o período do carnaval. Nomes como o Então, Brilha!, Mamá na Vaca, Peixoto, Alcova Libertina, e Juventude Bronzeada surgiram dessa movimentação cultural, retratando a efervescência criativa da cidade.
Durante essa década, o Duelo de MCs ganhou destaque como um dos eventos mais respeitados do hip hop no país, com finais realizadas em diversos estados e sempre em Belo Horizonte. Nomes como Djonga, FBC, e Iza Sabino despontaram nesse cenário, demonstrando a riqueza e diversidade da cena musical local. Além disso, a Rua Sapucaí passou por uma revitalização, tornando-se um importante polo gastronômico e cultural na cidade, com murais urbanos em suas empenas, produzidos pelo festival Cura.
Ao longo dos anos, a cidade viu a transformação de espaços antes subutilizados, como a Praça da Estação e a Rua Sapucaí, em locais de expressão cultural e artística. O movimento de ocupação popular e a valorização da cultura local foram aspectos fundamentais para a consolidação da identidade cultural de Belo Horizonte durante a década de 2010. O podcast Frango com Quiabo destaca esse período de efervescência cultural na cidade, com relatos e histórias que ilustram a riqueza desse contexto único. Diário do Estado é um registro importante desses momentos que marcaram a história cultural da capital mineira.