Praia do Perequê em Guarujá é a mais poluída da Baixada Santista: Cetesb aponta 357 dias impróprios para banho

Praia de Guarujá é a mais poluída da Baixada Santista

Praia do Perequê teve 51 semanas como imprópria, ou seja, 357 dias.

1 de 3 Praia em Guarujá (SP) é a mais suja da Baixada Santista — Foto: Rogério
Soares/Arquivo/A Tribuna Jornal

Praia em Guarujá (SP) é a mais suja da Baixada Santista — Foto: Rogério
Soares/Arquivo/A Tribuna Jornal

A Praia do Perequê, em Guarujá (SP), é a mais poluída da Baixada Santista, segundo a classificação anual da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Das 52 análises semanais, em apenas uma a praia não foi considerada imprópria.
Os dados da Cetesb foram coletados com base no nível de balneabilidade das praias, refletindo a tendência da qualidade da água ao longo de todo o ano, de janeiro a dezembro.
Em nota, a Prefeitura de Guarujá explicou que, até alguns anos atrás, parte do bairro não tinha acesso a um sistema adequado de esgotamento sanitário, mas que o problema que está sendo gradualmente resolvido por meio de um pacote de obras.
Outro ponto, de acordo com a administração municipal, é que dois rios desaguam na Praia do Perequê. O Executivo diz que tem realizado estudos, em parceria com a iniciativa privada, para avaliar a qualidade sanitária do Rio do Peixe. O objetivo é propor soluções para a recuperação do rio e identificar as fontes primárias de poluição.

BAIXADA SANTISTA

2 de 3 Praia do Gonzaguinha, em São Vicente (SP) possui um dos piores índices da região. — Foto: Alberto Marques/Arquivo A Tribuna Jornal

Praia do Gonzaguinha, em São Vicente (SP) possui um dos piores índices da região. — Foto: Alberto Marques/Arquivo A Tribuna Jornal

Entre as nove cidades da Baixada Santista, Praia Grande é a que apresenta o maior número de praias impróprias para banhistas, com quatro locais: Vila Tupi, que registrou índices impróprios em 47 das 52 semanas de medição; Vila Mirim, com 39 de 52 semanas; Boqueirão, com 35 de 52 semanas; e Balneário Flórida, com 32 semanas.
Em seguida no ranking está São Vicente, com três praias com classificação negativa: Prainha, com 47 semanas impróprias; Gonzaguinha, com 46; e Milionários, com 44.
O QUE DIZEM AS PREFEITURAS?

A Prefeitura de Praia Grande explicou que o regime de chuvas acima da média nos últimos meses, aliado à alta concentração de banhistas nos finais de semana e feriados prolongados, contribuiu significativamente para esses resultados.
A administração municipal informou que conta atualmente com 87,3% de cobertura de rede de esgoto, com a meta de alcançar 95% até 2028, por meio de obras de melhoria no sistema de saneamento básico, fator diretamente relacionado à qualidade da água nas praias.
Já a Prefeitura de São Vicente destacou que a cidade é estuarina, com várias áreas interligadas por braços de rio e canais, o que dificulta a identificação das fontes de poluição, além da considerável presença de habitações subnormais, indústrias e atividades portuárias.

Ainda de acordo com a administração vicentina, são elaboradas estratégias para combater a poluição marinha e realizadas obras para ampliar as conexões de esgoto e drenagem. Segundo o relatório divulgado na última quinta-feira (26), das seis praias da cidade, apenas duas estão impróprias para banho: Milionários e Gonzaguinha.

BALNEABILIDADE

3 de 3 Bandeira vermelha indica classificação “Imprópria”, de acordo com medições da Cetesb — Foto: Divisão de Laboratório de Cubatão

Bandeira vermelha indica classificação “Imprópria”, de acordo com medições da Cetesb — Foto: Divisão de Laboratório de Cubatão

Segundo a Cetesb, o principal parâmetro utilizado para avaliar a qualidade da água das praias é a densidade de bactérias fecais presentes. A Classificação Anual da Cetesb resume a qualidade das praias com base na frequência desses índices ao longo do ano. A classificação divide as praias em duas categorias: “Imprópria” e “Própria”, subdivididas em três níveis de qualidade: Excelente, Muito Boa e Satisfatória.
De acordo com a instituição, embora a presença de esgoto nas praias seja a causa mais comum para a má qualidade da água, outros fatores também podem influenciar nos índices, como:
– A incidência de surtos epidêmicos de doenças de veiculação hídrica;
– Derrames acidentais de petróleo;
– Ocorrência de maré vermelha (floração de algas tóxicas).

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Surto de virose no litoral paulista: como se prevenir e tratar; veja dicas

Surto de virose no litoral: medicação e água podem ajudar na hidratação; veja dicas

Cidades do litoral paulista vivem surto da doença no início deste ano.

Casos de virose aumentam no Litoral Norte durante a temporada de verão

Casos de virose aumentam no Litoral Norte durante a temporada de verão

O litoral paulista vive, desde o mês passado, um surto nos casos de virose registrados nas unidades de saúde das cidades, com destaque para o Guarujá, no litoral sul. No entanto, algumas cidades do litoral norte paulista também registraram casos no início deste ano.

Em entrevista à TV Vanguarda, o médico Ramon Ramos disse que os alimentos contaminados são uma das principais causas para a virose. Além disso, o vírus também é transmitido pelo ar, água ou por alimentos contaminados.

“É comum infecção fecal e oral, muito comum em crianças. O que a gente está vivendo nesta temporada é muito comum, com os alimentos contaminados, mal conservados”, comentou.

Nessas situações, a recomendação do especialista é a hidratação com água. Além disso, medicações para conter náuseas, vômitos e diarreia, que são os principais sintomas, também são válidos.

Em último caso, a recomendação é que o paciente procure uma unidade de atendimento de saúde para uma medicação intravenosa, devido à desidratação.

Os principais sintomas são diarreia, náuseas, vômitos, cólicas e febre. Os sintomas duram de 1 a 7 dias e a desidratação pode ser classificada como ‘leve’, ‘moderada’ ou ‘severa’.

Entre as quatro cidades do litoral norte de SP, apenas São Sebastião e Ubatuba responderam aos questionamentos da reportagem. Segundo a Prefeitura de São Sebastião, foram 211 casos entre os dias 1º e 5 de janeiro deste ano. No ano passado, no mesmo período, foram 244.

Já em Ubatuba, o balanço divulgado pela Prefeitura corresponde ao período entre os dias 15 e 19 de dezembro. Nesse intervalo, no ano passado, foram 462 casos registrados na cidade.

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