Pré-candidato ao Plantalto, Domingos Afif defende reforma eleitoral em visita à Goiânia

O ex-ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa do Brasil no governo Dilma Rousseff (PT) e pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Social Democrático (PSD), Guilherme Afif (PSD-SP), esteve em Goiânia nesta quinta-feira (12) para um evento na sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg). O pré-candidato deu uma palestra sobre o cenário político e econômico do país.

Em sua fala, o pré-candidato explicou que o voto distrital iria descentralizar a estrutura do País e promover a conexão entre os representantes políticos e o eleitor. Quanto à reforma federativa, o objetivo é definir os papéis e os recursos dos municípios, dos Estados e da União. “Hoje nós temos um estado que não cabe no orçamento da nação. Tanto é que estão tentando, cada dia mais, aumentar impostos e não conseguem. Então aumenta a dívida porque continua gastando. Isso tem que parar”, salientou Afif.

Outra base da proposta de Afif tange o investimento nas funções básicas do Estado: educação e saúde, para garantir igualdade de oportunidades. Bem como a garantia de direitos por meio, principalmente, da justiça e da segurança. E por fim, infra-estrutura para o desenvolvimento, que são áreas como saneamento, transporte e energia.

Segundo o pré-candidato, tudo que estiver fora desses pilares, devem ser diminuídos, fechados e reduzidos porque não são a prioridade no momento atual brasileiro.  “O que não estiver contido nisso, fecha, diminui o tamanho, porque tem muita gente não fazendo nada”, afirmou.

A falta de dinheiro para as campanhas nacionais, como um todo, será compensada pela intervenção política da base nos Estados, garantiu o pré-candidato. “Para a eleição nacional haverá um pacto direto entre os candidatos e o povo. No estado você pode ter eleitor que vota em um candidato local e em outro para o nacional, porque foi o candidato que o convenceu”, explicou Afif.

Afif recusou grandes coligações para chegar à Presidência da República e chamou essas megacoligações de “Unidos da Lava Jato”. Ele entende a formação como um ajuntamento de legendas e não uma aliança programática.  Apesar do próprio presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, preferir aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin (SP) e o PSD em Goiás compor a base aliada do governador José Eliton, Afif diz que não desistirá da pré-candidatura. “Sou candidato até para poder ajudar outros correligionários em vários estados”, ratificou.

Presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha fez a recepção de Afif Domingos em Goiânia, ao lado de empresários que integram a Acieg. “Afif é um grande homem, um apóstolo de que as pequenas e a médias empresas são fundamentais para o crescimento e o desenvolvimento do país. É um desses raros sábios que, além de interpretar o Brasil, trabalham, de maneira pragmática, para melhorá-lo, para requalificá-lo.”

Para Rocha, o pré-candiato tem ideias práticas de como organizar o País. “Avesso aos matizes do populismo, é um homem que tem ideias práticas de como reorganizar o país, dando importância ao mercado, mas sem desprezar o social. Ele entendeu, como poucos, que as pequenas e médias empresas são o pulmão da economia brasileira. Diria que Afif é um estadista”, salientou Vilmar Rocha.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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