Pré-candidatos atentos aos prazos para mudança de partido e/ou de domicílio eleitoral

Termina no próximo dia 5 de abril o período estabelecido pela Justiça Eleitoral para que vereadores que queiram disputar a reeleição ou que pretendem concorrer ao cargo de prefeito desfiliem-se do partido de origem sem risco de perderem seus mandatos. Já no dia seguinte, 6 de abril, expira o prazo para aqueles que vão se candidatar em 2024 – portanto, seis meses antes da eleição – estejam filiados em alguma legenda.

Estas datas alcançam nomes como o do ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot – possível pré-candidato da base aliada ao governo estadual na disputa pela Prefeitura de Goiânia. Ele deve trocar o MDB pelo União Brasil. O vice-prefeito de Anápolis, Márcio Cândido, sairá do PSD – sigla que, naquela cidade, está se aproximando do PT -; e, com perfil mais ligado à direita, certamente assinará ficha de filiação no PL ou no Republicanos – este presidido em Goiás pelo prefeito anapolino Roberto Naves.

Até o início de abril também o prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano, deve bater o martelo sobre sua permanência no MDB. O ainda emedebista garante que disputará a reeleição pela sigla. Mas com sérias dificuldades de obter o apoio do seu antecessor, Gustavo Mendanha, há quem aposte que ele iria para o PRD, PT ou Republicanos a fim de viabilizar sua candidatura.

Também no dia 6 próximo, os interessados em participar das eleições municipais de 2024 devem estar com domicílio eleitoral devidamente registrado nas cidades que desejam concorrer. Quem está atento a esta data é o casal Gustavo – Mayara Mendanha. O ex-prefeito de Aparecida e a ex-primeira-dama podem transferir o domicílio para Goiânia caso vislumbrem que a possibilidade de ela ser indicada como pré-candidata a vice-prefeita seja real.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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