A possível pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República pode ter um efeito colateral positivo para Tarcísio de Freitas (Republicanos), na visão de aliados do governador consultados pelo Estadão. Tendo crescido nas especulações para 2026 e também na mira do PT, Tarcísio viu sua rejeição aumentar nos últimos meses, passando de 33% para 40% de rejeição entre maio e novembro, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest. Diante disso, aliados acreditam que a antecipação do nome de Tarcísio pode ser mais prejudicial do que benéfica. Outro ponto levantado é que a possível candidatura de Flávio Bolsonaro poderia expor o teto de apoio a uma candidatura com o sobrenome Bolsonaro, o que poderia abrir espaço para uma chapa de centro-direita liderada por Tarcísio. Recomendado por assessores a evitar o tema o máximo possível, Tarcísio planejou mantê-lo em segundo plano até que fosse inevitável se posicionar. Ao abordar publicamente o assunto, o governador declarou respeitar a escolha de Bolsonaro e destacou seu foco na reeleição em São Paulo. Durante o final de semana, evitou falar sobre o assunto e só discorreu sobre a candidatura de Flávio em um evento na noite de segunda-feira, 8, em Diadema (SP). Na ocasião, reforçou sua lealdade ao presidente Bolsonaro como inegociável e afirmou que está ao lado do senador, enfatizando que ele se junta a outros presidenciáveis de direita, como Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Jr. (PSD). Questionado sobre a estratégia de escolher Flávio Bolsonaro, mesmo com pesquisas indicando um desempenho superior ao senador na corrida presidencial, Tarcísio apontou que é necessário aguardar e avaliar com o tempo. “Isso será analisado ao longo do tempo. Ainda é cedo. Temos tempo para avaliar”, concluiu.




