“Precisamos rever o MDB pós Maguito e Iris”, afirma o deputado Paulo Cezar

Durante a discussão de matérias na sessão extraordinária na manhã desta quarta-feira, o deputado estadual, escolhido para ser líder do MDB na Assembleia Legislativa na próxima legislatura, que começa em fevereiro, Paulo Cezar Martins subiu na tribuna e afirmou que seu partido precisa se repensar e ver onde errou. “Precisamos repensar o partido e avaliar questões junto à militância para saber onde erramos. Já tivemos três senadores, 11 deputados federais, ministros, líderes de órgãos federais”, declarou.

O MDB estadual é presidido pelo filho de Maguito Vilela, o ex-deputado federal Daniel Vilela, que lidera o partido desde fevereiro de 2016. Em 2019, foi reeleito para continuar no cargo depois de uma série de disputas internas.

Paulo Cezar acrescentou que o MDB já foi um partido de força e reconhecimento nacional, porém perdeu espaço. “Hoje, não temos nenhum deputado federal. Nós precisamos rever o partido, principalmente após o falecimento do ex-governador Maguito Vilela e com o afastamento do ex-prefeito Iris Rezende da vida pública”, destacou.

Foto: Y. Maeda

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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