Preço da carne tem queda e pode ficar até 5% mais barata até fim do ano

Após sequência de altas, a carne voltou a aparecer com mais frequência no prato dos brasileiros. A proteína teve 2,7% de queda e pode chegar a ter baixa no preço de até 5%, de acordo com o Índice de Preços no Consumidor (IPCA). Atualmente, um quilo de acém – corte popular – pode ser encontrado a R$ 18 em alguns açougues de Goiânia. A carne da ave e do porco podem ter reajuste de 10% para baixo.

 

A projeção de oferta de carnes bovina, suína e frango também é maior neste ano. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima elevação de 5% devido a uma série de fatores, a exemplo do barateamento do custo da alimentação dos animais. Na prática serão 20,77 milhões de toneladas dos produtos disponíveis ao consumidor.

 

No mês passado, uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) revelou que que a cesta básica encareceu e, 14 das 17 capitais avaliadas- incluindo Goiânia. A porcentagem de aumento alcançou 5% em Portalegre, cidade com maior alta. Quase metade dos produtos ficou mais caro, principalmente tomate, leite, feijão e farinha de trigo.

 

O reajuste sobre os alimentos tem sido verificado em todo o mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura  (FAO-ONU). Os vilões foram o açúcar e a carne. A inflação cobre os alimentos em geral segue em lenta desaceleração desde o fim do ano passado, mas o projeto de Lula de acabar com a fome no Brasil tem surtido mais efeito pela implementação de programas sociais do que por políticas econômicas. 

 

A inflação em alta tem diminuído cada vez mais o poder de compra dos brasileiros. A população que recebe apenas salário mínimo deveria ter mensalmente R$ 6.547,58, para conseguir sustentar a família, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).O valor é cinco vezes maior do que o pago desde maio deste ano correspondente a R$ 1.320.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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