Última atualização 23/06/2023 | 15:06
Proprietários de veículos em Goiânia tiveram uma surpresa nada agradável nesta sexta-feira, 23. Os motoristas que precisaram abastecer seus veículos nos postos da capital já encontraram nas bombas preços mais altos em relação aos últimos dias. Em um estabelecimento da capital, o valor que era de R$ 4,97 para o litro da gasolina, hoje já está a R$ 5,27.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, considera essa flutuação normal. Ele atribui a variação verificada nos últimos 60 dias a uma possível compensação de caixa que os donos de postos de combustíveis estejam fazendo.
Por meio de sua assessoria, o Procon Goiás informou que está ciente da situação e que mantém equipes em fiscalização constante. Se na abordagem, os postos não conseguirem justificar o porquê do aumento do combustível e for detectada abusividade de preço,ou possibilidade de que o consumidor seja lesado, o estabelecimento é autuado pelo órgão.
“O empresário vai espremendo, baixando mais que a Petrobrás e, depois de um certo período, precisa retomar a margem normal de lucro, para refazer reposição”, explica. Ele ainda pontua que essas flutuações são normais tendo em vista contingências diversas e mercado e que a precificação é dinâmica.
“Independentemente da Petrobrás, os preços não são estáticos em função de diversos fatores. Pode ser devido ao fim de promoções pontuais, ou aumento ou redução de biocombustível que compõe a fórmula”, cita o presidente do Sindiposto. “Esse mês também tem reajuste dos trabalhadores’, acrescenta.
Histórico
A situação vai de encontro à tendência mais recente. No último dia 16, a Petrobras havia anunciado, pela segunda vez em 2023, novo corte no preço no litro da gasolina vendida a distribuidoras de combustíveis, passando de R$ 2,78 a R$ 2,66, redução de 4,66%, o litro.
Com a redução de R$ 0,13, o litro passou de R$ 3,08 para R$ 2,66 em 2023, o que representa uma diminuição de 13,6%. Até então, as refinarias vendiam a gasolina por o litro. A redução para R$ 2,66 equivale a um corte de 4,3%.