Preço de cesta básica em Goiânia diminui 10,46%, revela pesquisa

Uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta quinta-feira, 05, mostra que o preço da cesta básica diminuiu em 14 capitais brasileiras, dentre elas Goiânia. Segundo o levantamento, a capital goiana reduziu em 1,65% o valor mensal e, no acumulado anual, soma uma queda de 10,46%.

A pesquisa revela que as capitais que mais tiveram queda no valor foram Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,48%) e Campo Grande (-2,32%). Considerando as altas, apenas três capitais brasileiras apresentaram, sendo elas Vitória (3,18%), Natal (3,06%) e Florianópolis (0,5%). Em valores reais as cestas básicas mais caras do Brasil custam R$ 747,64 (Florianópolis), R$ 741,71 (Porto Alegre) e R$ 734,77 (São Paulo).

Em Goiânia, nos nove meses de 2023, o custo da cesta básica diminuiu em -10,46%, sendo uma das taxas mais expressivas do país.

Produtos da cesta

A pesquisa também mostra o comportamento dos preços dos produtos que contém na cesta, como o quilo da batata. Segundo o levantamento, o preço do produto diminuiu em nove das 10 cidades do Centro-Sul, sendo as maiores quedas em Brasília (-26,01%), Porto Alegre (-19,93%) e Belo Horizonte (-19,17%). Se considerado o período de 12 meses, todas as cidades variaram de forma negativa, exceto Vitória (5,26%). Em Goiânia, a variação foi de (-1,76%).

O valor da carne bovina caiu em 15 das 17 capitais pesquisadas, com elevações apenas em Natal (3,30%) e Vitória (2,90%). Considerando 12 meses, o preço em Goiânia sofreu queda de -14,64%.

Em relação ao leite integral e a manteiga, os valores diminuíram em 14 capitais entre agosto e setembro, mas Goiânia não está entre elas. Inclusive, a maior alta registrada foi na capital goiana, com 3,61%. O cenário muda quando se fala em café em pó. O valor do produto diminuiu em 13 capitais e Goiânia recebeu destaque, com queda de -16,54%. Os maiores aumentos registrados foram em João Pessoa e Belo Horizonte.

Goiânia também registrou alta no acumulado de 12 meses no quilo do arroz agulhinha, com 23,08%.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp