Preço de frutas e verduras tem variação de até 182% em Goiânia

Preço de frutas e verduras tem variação de até 182% em Goiânia

Levantamento realizado pelo Procon Goiânia encontrou variação de 81,97% a 181,97% nos preços de produtos de hortifruti. A pesquisa foi realizada em nove estabelecimentos comerciais, nos dias 16 e 17 de janeiro de 2023, e comparou valores de 18 itens.

Órgão de defesa do consumidor alerta que os produtos pesquisados estão na classificação de perecíveis, portanto, os preços podem variar em função do armazenamento, climatização, tonalidade, tamanho, temporalidade e sazonalidade.

O produto que apresentou maior diferença foi o abacaxi. A fruta pode ser encontrada nos valores entre R$ 4,97 e R$ 13,99, com variação de 181,49%. O segundo foi a manga, cujos valores vão de R$ 2,87 a R$ 6,99, com variação de 143,55%.

Segundo o presidente do Procon Goiânia, Junior Café, a pesquisa tem o objetivo de auxiliar o consumidor no momento da compra e possibilitar um maior planejamento e economia.

Capitais

De acordo com o Dieese, os maiores valores da cesta básica estão nas cidades de São Paulo e Florianópolis. Já os menores estão na cidade de Aracaju e Salvador. Goiânia estava em 9º lugar em julho de 2022, continuando na mesma posição em agosto e setembro. A pesquisa Dieese referente aos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023 não foi disponibilizada.

Em caso de elevações abusivas de preço, o Procon Goiânia recomenda aos consumidores que denunciem pelos canais de atendimento: (62) 3524-2942, 3524-2936 e aplicativo Prefeitura 24hrs.

“Pesquisar é o melhor caminho para que o consumidor faça economia e tenha satisfação na compra dos produtos. Marcas conhecidas nem sempre são sinônimos de melhor qualidade. Busque o produto que lhe atenda conforme a sua necessidade, e que esteja dentro do seu orçamento”, alerta o presidente do Procon Goiânia, Júnior Café.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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