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Preço do diesel pode levar à redução das frotas de ônibus

Última atualização 06/05/2022 | 10:06

A ATU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) divulgou uma nota alertando para a possível falta de transporte público nas grandes cidades caso o diesel volte à subir novamente. O anúncio do aumento do combustível pode ser anunciado pela Petrobras nos próximos dias. Segundo a nota, só em 2022 o combustível teve um aumento de 35%.

“Se não forem definidas fontes para cobrir esses custos adicionais, as operadoras serão obrigadas a racionar o combustível e oferecer apenas viagens nos horários de pico, pela manhã e à tarde”, afirmou o presidente da NTU, Francisco Christovam.

A nota ainda afirma que, durante o resto do tempo, os ônibus terão que ficar parados nas garagens. As empresas terão que atender apenas linhas de maiores demandas, e em horários de picos. Ao todo, são 43 milhões de passageiros que dependem desse serviço todos os dias.

“A esmagadora maioria das nossas associadas está sem caixa para fazer frente a mais um reajuste; não há como comprar o diesel para rodar, colocar um ônibus na rua com tanque vazio seria uma irresponsabilidade”, afirma Christovam.

Aumento do diesel

O diesel é o segundo item de custo que mais pesa na tarifa de ônibus urbanos, depois da mão de obras, tendo uma participação média de 30,2% no custo geral das operadoras do transporte público.

Com o aumento, o público desse tipo de serviço pode sofrer impacto no bolso, já que, o diesel impacta no aumento de tarifas ou subsídios por parte das prefeituras, que contratam os serviços de transporte público.

Segundo cálculo da Abicom (Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis), o reajuste teria que ser de 24% no diesel e 12% no preço da gasolina, para manter a paridade de preços da Petrobras (variação cambial e pelo aumento internacional do petróleo).