Preço do petróleo cai 18,7%, mas gasolina e diesel continuam em alta

Preço do petróleo cai 18,7%, mas gasolina e diesel continuam em alta

A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou que está retomando a produção para acompanhar a demanda de petróleo em todo mundo, após um recrudescimento da pandemia. O anúncio provocou uma queda nos valores do petróleo bruto, usado como base na política de preços da Petrobras, em todo o mundo.

Desde o último aumento anunciado pela Petrobras, em 25 de outubro, o valor do barril de petróleo tipo brent teve uma queda de US$ 86 para US$ 69,9. Mas, nenhuma dessas quedas foi demostrada no preço do combustível vendido no Brasil, invista que os valores apenas tem aumentado.

Desde o final de outubro, a Petrobras tem ignorado a redução no valor do petróleo e manteve o preço do litro da gasolina a R$ 3,19 e do diesel a R$ 3,34 nas refinarias.

Mesmo com a alta do dólar, não há justificativa para a manutenção do preço. Entre 25 de outubro e o começo de dezembro, o dólar teve alta de 2,18%, passando de R$ 5,56 para R$ 5,68.

Redução nos preços

Neste domingo (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou ao site Poder 360 que “a Petrobras começa nesta semana a anunciar redução no preço do combustível”, sem dar detalhes sobre como será feita a redução.

“É muito fácil, ‘aumentou a gasolina, culpa do Bolsonaro’. Eu tenho vontade, já tenho vontade de privatizar a Petrobras. Tenho vontade, vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer”, disse em outubro. “Eu não posso, não é controlar, eu não posso melhor direcionar o preço do combustível, mas quando aumenta a culpa é minha”.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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