Última atualização 26/06/2022 | 13:21
Há pouco mais de uma semana, os motoristas goianos estão pagando R$ 0,07 a mais por litro de gasolina, em média. Já o reajuste sobre o diesel ficou em R$ 1,71. As informações divulgadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) sinalizam que o etanol deve continuar mais competitivo. Na primeira quinzena de junho, o biocombustível teve o segundo menor preço do Brasil no estado.
O levantamento da ANP aponta que o menor preço cobrado em Goiás pela gasolina foi de R$ 7,47 e o maior de R$ 8,09. O diesel mais barato encontrado foi de R$ 6,85 e o mais caro de R$ 7,56. Na contramão, o etanol baixou de R$4,87 pra R$ 4,82.O fato de Goiás ter bastante plantação do vegetal, grande produção do líquido e ICMS menor em relação a outros estados explicam o cenário.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto), Márcio Andrade, afirma que o etanol costuma ser sempre o segundo, terceiro ou quarto mais em conta para os goianos. Em relação à gasolina, ele destaca que a situação é inversa porque o preço é regionalizado e encarece no estado devido ao alto ICMS, logística diferenciada e menos competitividade em relação a outras regiões brasileiras.
A explicação da Petrobras para os aumentos constantes dos derivados do petróleo é a política de Paridade de Preços Internacionais (PPI), que alinha o valor cobrado nas bombas dos postos ao custo de importação do petróleo. A guerra da Ucrânia também tem ajudado a impulsionar os valores cobrados porque a interrupção do uso do gás russo para a Europa aumenta a demanda por esses substitutos.