Preço médio do gás em Goiás deve ficar 23% mais caro

gás

O preço médio do botijão de gás deve subir R$ 5 em Goiás, a partir desta segunda-feira, 1º. Dessa forma, o valor do produto, que girava em torno de R$ 110 e R$ 130, agora vai custar até R$ 135. O quilo, que valia R$ 1, passa a valer R$ 1,25. Ou seja, um aumento de 23%.

O aumento ocorre devido à mudança de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o produto, que passa a ter uma alíquota única válida para todo o Brasil.

A mudança foi determinada pela Lei Complementar 192, aprovada em 2022, e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), prevendo a unificação das alíquotas de ICMS cobradas sobre gás, diesel e biodiesel pelos estados.

A medida, que entraria em vigor em 1º de abril, acabou postergada para o início de maio para permitir que as unidades da federação fizessem os últimos ajustes para a implementação do novo modelo de tributação.

O aumento em cada estado

Mato Grosso do Sul: 84,5%

Bahia: 37,7%

Sergipe: 56,2%

Rio de Janeiro: 42,9%

Amapá: 43,8%

Rio Grande do Sul: 35,1%

São Paulo: 28,5%

Distrito Federal: 23%

Goiás: 23%

Piauí: 21,8%

Pernambuco: 17,7%

Maranhão: 18,3%

Tocantins: 9,3%

Mato Grosso: 13,5%

Alagoas: 6,9%

Paraná: 2,9%

Pará: 7,1%

Roraima: 5,5%

Rondônia: 9,7%

Amazonas: 3%

Paraíba: 6,4%

Acre: -11,1%

Espírito Santo: 0,0%

Ceará: 0,0%

Rio Grande do Norte: -11,3%

Minas Gerais: -18,7%

Santa Catarina: -21,2%

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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