Preços da ceia de Natal em Campinas: variação de até 251,26% em produtos essenciais

Preços de produtos da ceia de Natal podem variar até 251,26% em mercados de Campinas

Pesquisa feita pelo Procon com 63 produtos entre os dias 4 e 13 de dezembro encontrou variação nos oito estabelecimentos pesquisados. O preço da melancia foi o item com maior diferença.

O Procon de Campinas (SP) divulgou uma pesquisa nesta quarta-feira (18) onde identificou uma variação de até 251,26% nos preços de produtos tradicionais para a ceia de Natal. Foram visitados oito estabelecimentos entre os dias 4 e 13 de dezembro na metrópole e dentre os 63 produtos pesquisados, dentre eles carnes e congelados, panetones, farofas, frutas secas, frutas frescas e sobremesas. Com destaque para o quilo da melancia que apresentou maior diferença, podendo ser encontrado entre R$ 1,99 e R$ 6,99.

Segundo o órgão, o levantamento é realizado todos os anos e visa orientar os consumidores para terem um parâmetro de quanto o preço de um mesmo produto pode variar dependendo do estabelecimento. Na pesquisa também é possível identificar os valores mínimo, máximo e médio, além da diferença percentual em cada um deles.

Confira ranking dos produtos com maior variação:

1. Melancia (1kg): 251,26% – de R$ 1,99 a R$ 6,99
2. Farofa de mandioca (400g): 200,91% – de R$ 3,29 a R$ 9,90
3. Ameixa em calda (150g): 161,58% – de R$ 7,99 a R$ 20,90
4. Uva-passa escura (1kg): 139,04% – de R$ 33,30 a R$ 79,60
5. Uva-passa clara (1kg): 111,18% – de R$ 51,90 a R$ 109,60

CARNES E PANETONES

Outros produtos como carnes e sobremesas tradicionais nas ceias de Natal também apresentaram variação no preço, dentre as proteínas, a que teve maior diferença nos valores máximo e mínimo foi o quilo do lombo suíno da Sadia, encontrado entre R$ 35,99 e R$ 69,99, uma diferença de 94,47%. Dentre os panetones, foram levantados 13 tipos diferentes e o maior valor encontrado foi no Bauducco de frutas (908g) com preços entre R$ 41,99 e R$ 45,99. No entanto, a maior diferença aconteceu no Panetone de frutas cristalizadas de 400 da Bauducco, que variou 33,23%, com preços entre R$ 18,69 e R$ 24,90.

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Tradição de Natal: Família de Itapetininga prepara ravioli um mês antes.

Família do interior prepara prato principal do almoço de Natal com um mês de
antecedência

Em Itapetininga (SP), há 60 anos a família Mazzarino se reúne para celebrar o
almoço de Natal com uma receita tradicional da Itália: o ravioli. Mas, para dar
conta da quantidade a produção começa um mês antes.

Família de Itapetininga mantém tradição de Natal em almoço especial

Em Itapetininga (SP), o Natal tem um sabor especial na casa da família Mazzarino. Há mais de 60 anos, a ceia natalina é marcada pela tradição de preparar ravioli, um prato que une gerações e que começa a ser preparado em novembro, um mês antes do almoço tradicional do dia 25 de dezembro.

Maria Angela Mazzarino Adas, aposentada, relembra o início da tradição ao lado do pai. “Meu pai virava o cilindro e eu acompanhava tudo desde os meus sete anos. Era uma festa: conversa daqui, histórias antigas dali, uma bagunça boa, com todo mundo participando”, conta.

A confecção do prato começou a crescer junto com a família, como relembra Inez dos Santos Mazzarino de Oliveira, também aposentada. “No início, tudo era feito na véspera do Natal, com meu pai liderando os preparativos. Mesmo depois que ele e minha mãe se foram, seguimos com a tradição. Agora, é algo que une ainda mais nossa família.”

O prato, que veio da Itália, carrega a história da família. “O ravioli era comida de ceia de festa para minha avó. Minha mãe aprendeu com ela e passou o conhecimento para as noras. Hoje, ele representa nossa identidade familiar”, explica Maria Margarida Mazzarino.

Inicialmente, a receita era preparada apenas com recheio de carne moída. Mas, com o passar dos anos, a família adaptou o prato para atender todos os gostos. “Atualmente, temos uma opção de recheio de palmito para os veganos”, comenta Regina Mazzarino.

Paulo Roberto Mazzarino destaca a importância de envolver as novas gerações. “Antes, as crianças apenas observavam o preparo. Hoje, ensinamos para elas. Temos aqui cinco ou seis crianças que já estão aprendendo e levarão essa tradição adiante.”

O aumento no número de integrantes da família levou a uma mudança nos preparativos. Se antes o prato era feito na véspera, agora as quatro irmãs da família organizam tudo com antecedência, reunindo todos em novembro para preparar a massa e os recheios.

Para a família Mazzarino, o ravioli é mais do que um alimento. “Sem ele, não é Natal”, conclui Maria Margarida.

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