Preços de brinquedos no Dia das Crianças tem variação de até 305%

Para auxiliar as compras de brinquedos para o Dia das Crianças, comemorado no dia 12 de outubro, o Procon Goiás realizou pesquisa com 75 dos principais itens adquiridos nesta data, como bonecas, jogos, bicicleta e livros. A maior variação foi de mais de 305%, no preço do jogo de quebra-cabeça mapa do Brasil, comercializado de R$ 32 a R$ 129,90.

A cobiçada boneca Barbie bailarina apresentou diferença de mais de 300% e foi encontrada pelos pesquisadores sendo vendida pelo preço de R$ 49,99 a R$ 199,99. O levantamento foi feito de 26 de setembro a 2 de outubro em 24 estabelecimentos comerciais de Goiânia. A pesquisa completa, com relatório e planilhas, está disponível no site do Procon Goiás (goias.gov.br/procon).

O Procon também fez a comparação de preços entre 2023 e 2024. A pesquisa apontou variações expressivas nos valores cobrados nos dois anos. É o caso, por exemplo, da boneca LOL, que tinha um preço médio de R$ 94,99, em 2023, e em 2024 saltou para R$ 234,95, aumento de 147,34%. Alguns itens apresentaram redução no comparativo anual. Exemplo é a lousa mágica, que tinha preço médio de R$ 99,95 em 2023 e, este ano, caiu para R$ 69, o equivalente a uma redução de 30%.

Dicas para as compras

O Procon Goiás alerta os pais a ficarem atentos, já que todo brinquedo deve ter um selo de segurança fornecido pelo Instituto de Qualidade do Brinquedo (IQB), juntamente com o do Inmetro. A certificação indica que o produto foi fabricado e está sendo comercializado de acordo com normas técnicas vigentes.

A embalagem e o manual de instrução devem conter informações como a idade a que se destina, eventuais riscos que o brinquedo possa apresentar, número de peças, regras de montagem, além do modo de usar. Nenhum produto deve ser adquirido sem uma clara identificação do fabricante ou importador.

O comércio sempre prepara promoções para essas datas comemorativas. Por isso, o Procon Goiás orienta que, antes de adquirir um produto, é interessante refletir sobre as supostas vantagens oferecidas. É importante lembrar que todo material publicitário e o regulamento das promoções devem ser guardados, porque servirão como prova em um eventual registro de reclamação.

Também recomenda que o consumidor pode pedir ao vendedor para abrir a embalagem e se certificar que o produto não esteja danificado. Além disso, tem o direito de solicitar o teste do produto. Caso o teste não seja possível na loja, veja a possibilidade de prazo para troca, caso o produto apresente problema.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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