Pesquisa divulgada pelo Programa de Defesa do Consumidor (Procon Goiânia), nesta segunda-feira, 27, revelou que houve um aumento de R$ 20 no preço médio da cesta básica, comparado ao levantamento realizado em agosto. Na capital, o valor chegou a R$ 606,91, com aumento de 3,50% e variação de 22,23% nos últimos 12 meses.
O levantamento, realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foi feito entre os dias 19 e 23 de setembro e avaliou 30 produtos da mesma marca em 10 estabelecimentos da capital. A cesta de alimentos é composta por 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um adulto.
A pesquisa constatou que a oscilação dos valores pode chegar a até 500%. O preço da batata inglesa, por exemplo, apresentou a maior variação, de R$ 00,99 a R$ 6,99 o quilo. Entre os itens com menores variações se encontram o açúcar (11,50%), o arroz (19,56%), o leite (21,06%) e a carne do coxão mole (22,53%).
Cestas mais caras no país
Segundo a Dieese, os maiores valores de cestas básicas encontradas no país estão nas cidades de São Paulo (R$ 749,78) e Porto Alegre (R$ 748,06), enquanto as menores estão em Aracaju (R$ 539,57) e João Pessoa (R$568,21). Entre os 27 estados, Goiânia se encontra na 9º lugar com os maiores preços.
O aumento das cestas podem ter relação com a determinação constitucional que estabelece o valor pago no salário mínimo, que deve ser o suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em agosto, o salário mínimo para a manutenção de uma família com quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.298,91, ou 5,20 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.