Prefeito de Castelândia, Marcos da Farmácia tem bens bloqueados pela Justiça

Atendendo ao pedido o Ministério Público de Goiás, a Justiça decretou a indisponibilidade dos bens do prefeito de Castelândia, Marcos Antônio Carlos, conhecido como Marcos da Farmácia. Ele foi reeleito na cidade com 51,8% dos votos em 15 de novembro do ano passado.

A acusação é que ele tenha contratado Erian da Silva Nascimento como motorista de ônibus escolar, mesmo que ele não tenha  registro de Carteira Nacional de Habilitação, somente para receber o apoio durante a campanha de reeleição.

O prefeito também teria contado com a intermediação da secretária de educação Maria Antônia da Luz Rosa e do ex-vereador Josuelio Cunha da Silva, que, juntamente com Erian, também tiveram seus bens bloqueados.

Além da condenação na Lei de Improbidade Administrativa, o promotor do caso, Luciano Otaviano da Silva, da comarca de Maurilândia, requereu o ressarcimento do valor do contrato fechado com Erian, de R$ 10.252,67, tirado dos cofres públicos, e indenização por danos morais coletivos, de 50 salários mínimos.

Durante a contratação de Erian, as atividades presenciais estariam paradas no município, segundo a assessoria do MP-GO. Prestando declarações ao órgão, o o contratado confessou os atos ilícitos apresentados na acusação da promotoria.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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