Prefeito de Hidrolândia, Zé Délio afirma que “a população queria mudança porque não era atendida pela antiga gestão”

Em entrevista ao jornal Diário do Estado, o prefeito de Hidrolândia, Zé Délio (DEM), eleito com 63,03% dos votos, falou sobre o período de campanha, as primeiras semanas de mandato e sobre a gestão anterior.

Zé Délio, que já foi vereador do município, afirma que já encontrou problemas que quer solucionar no município. “No dia primeiro nós já tivemos muitos problemas. Eu nem fui em casa, teve temporal que já derrubou mais de seis árvores, nós mesmo precisamos desobstruir a rua. No outro tivemos que tirar a galhada, sem combustível. Foi muito difícil os dias iniciais. Fizemos um choque de gestão, trocamos todos os secretários. Queremos uma equipe nova, diferente, que não era política, pensando nessa mudança. Nós controlamos com muita dificuldade, com máquina sem pneu, mas nós conseguimos com afinco dos funcionários, que patrulham as seis maiores estradas rurais em uma semana. Já roçamos as principais avenidas e praças da cidade, as escolas também. A equipe de saúde ainda não parou, o hospital continua funcionando. Hoje me reuni com o Conselho Municipal de Saúde para trabalhar as novas propostas para apresentar para eles”, apresenta.

O prefeito explicou que o período da campanha foi tumultuado. “Conseguimos uma vitória expressiva, a maior diferença de votos da história do município. Tivemos 40% de votos  do segundo colocado, maior que a soma de votos dos outros três que concorriam à prefeitura. Eu sou filho da cidade, apesar da pouca idade, tenho uma longa história na política e a população entendeu que o grupo do Zé Délio seria o melhor para Hidrolândia. Queremos fazer o bem da cidade, conseguir contribuir para o futuro.”

Em relação a gestão anterior ele explica que:”eu fiz uma campanha limpa, mas fui muito atacada pelos adversários. Queremos fazer uma política diferente, é o que eu tenho pregado e feito. Nesses doze primeiros dias de mandato meu lema é atender todos que tem me procurado, então não tenho horário de almoço, mas sem arrependimento. Quero que a população tenha um prefeito presente. Já me reuni com a Secretaria de Administração, com todos funcionários do corpo técnico da prefeitura, do canteiro de obras, tenho reunião com a Saúde e com a Educação. Estamos mostrando que somos uma nova gestão, que é um choque de gestão, porque o servidor e a população quer, um prefeito presente, um prefeito que atende as pessoas. Eu não consigo resolver tudo, mas ele precisa ser ouvido e ter um respaldo da prefeitura. Tá faltando coisas na limpeza, a gestão anterior tinha máquinas alugadas, e até alugarmos novamente vai demorar. Estamos vivendo mudanças, com dias difíceis, mas acredito que vamos conseguir mostrar para população que tem como fazer algo mais. A população de Hidrolândia queria mudança porque ela não era atendida pela antiga gestão”, avalia.

Em relação a parceria com o governador Ronaldo Caiado, o prefeito de Hidrolândia avalia que ele já esteve com a assessoria do governador. “Hoje às 10h da manhã eu recebi o pessoal da assessoria dele, em uma visita institucional, onde eu já cobrei algumas demandas do município. A primeira foi a finalização da GO-319. Iniciada na gestão anterior do Estado e não foi concluída. Essa obra cruza a fazenda jabuticabal que recebe milhares de veículos no final de semana. Cobramos a Agehab, moradia. Amanhã temos reunião com a Saneago para cobrar água para o setor Santa Bárbara, São Francisco e Flamboyant.”, explica.

Sobre a pandemia, o político informa que está esperando laudos epidemiológicos da equipe para avaliar como o município vai agir em relação a renovação do decreto da pandemia, assim como flexibilização ou restrição de algumas atividades. Devido a pandemia, a rede pública continua remota. “Nos vamos aperfeiçoar, temos cursos com professores já brevemente antes mesmo do calendário, dia 21. Vamos trabalhar ainda de forma online. A forma presencial ainda precisa de alguns avanços. Um dos objetivos do nosso governo, a diminuição do número de alunos por sala de aula. Vamos aguardar a decisão do Estado, a vacina, para retomarmos. A rede privada já procurou a prefeitura para retomar, já tomaram algumas providências, mas vamos aguardar o Conselho de Saúde, assim como o laudo epidemiológico e jurídico, para analisar”, explica.

Em relação a segurança pública do município, ele apresenta que ela é subsidiada pela prefeitura. “Hoje me reuni com a Polícia Civil e com a Militar, renovando o convênio de parceria do banco de horas do Estado, bancado pelo município. Nós pagamos aluguel das polícias, funcionário de limpeza, vigilância e atendimento é bancado por nós. Queremos em conjunto com o Estado melhorar as coisas. Hidrolândia ainda é vinculada ao Oitava Batalhão de Aparecida, isso não é bom, porque Hidrolândia já tem um tamanho para ter policiamento próprio”, informa.

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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