Justiça determina a prisão preventiva de prefeito que matou PM a tiros em
vaquejada no MA
Pedido foi acatado nesta segunda-feira (14) pela 2ª Vara de Pedreiras (MA). Além
do mandado de prisão preventiva do prefeito João Vitor Xavier, a Justiça
determinou busca domiciliar na residência dele e a apreensão da arma de fogo
usada no crime.
O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, de 27 anos, foi afastado do cargo após confessar ter matado a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no Maranhão. O juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior, da 2ª Vara de Pedreiras (MA), determinou a prisão preventiva do prefeito, assim como a busca domiciliar em sua residência e em seu gabinete na Prefeitura do Município.
A Polícia Civil do Maranhão terá 20 dias para cumprir o mandado de prisão preventiva a partir da data do crime. João Vitor Xavier se apresentou espontaneamente à Delegacia de Presidente Dutra, prestou depoimento e foi liberado, já que não houve flagrante. Apesar disso, a polícia pede a prisão preventiva do prefeito, que também deverá ser julgado em tribunais superiores devido ao foro privilegiado.
Após o crime, o prefeito solicitou licença médica para cuidar de sua defesa e realizar tratamentos psiquiátricos. Durante os 125 dias de afastamento, continuará recebendo seu salário mensal como prefeito. A defesa alega que João agiu em legítima defesa, alegando que o policial militar sacou uma arma durante uma discussão. No entanto, testemunhas e a Polícia Civil contestam essa versão.
Imagens de uma câmera de segurança registradas no local do crime não mostram o momento exato em que os tiros foram disparados, nem o prefeito descartando a arma. João Vitor afirma que o revólver calibre .38 utilizado no crime foi um presente de um eleitor, mas não possuía registro nem autorização para posse. Testemunhas relatam que a discussão entre o prefeito e o policial aconteceu após o pedido para que João reduzisse a intensidade dos faróis de seu carro.
As investigações estão em andamento, com a coleta de depoimentos de testemunhas e análise de provas. A polícia acredita que João Vitor Xavier tenha atirado nas costas do policial enquanto ele estava de costas, fugindo em seguida do local do crime. O policial militar Geidson Thiago da Silva não resistiu aos ferimentos e faleceu, sendo sepultado em Pedreiras. O prefeito permanece afastado do cargo, aguardando os desdobramentos do caso na Justiça.