O prefeito de Mariana (MG), Juliano Duarte (PSB), está em Londres para acompanhar o julgamento que envolve uma ação contra a mineradora australiana BHP, pedindo responsabilização pelo desastre ambiental de 2015. Naquele ano, 19 pessoas perderam a vida após o rompimento da barragem de Fundão. O prefeito e três vítimas afetadas, Gelvana Rodrigues, Monica dos Santos e Pamela Fernandes, estarão presentes nas sessões finais, com a expectativa de que a decisão da corte inglesa saia ainda este ano.
O julgamento teve início em outubro de 2024 e é liderado pelo escritório Pogust Goodhead, especializado em ações coletivas de violações de direitos humanos e meio ambiente, representando mais de 620 mil clientes. O primeiro julgamento no país foi para determinar a jurisdição na corte inglesa, em 2022, com a BHP argumentando que os crimes já teriam prescrito.
Juliano Duarte, eleito prefeito de Mariana em 2024, não assinou o acordo de repactuação com as empresas, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil. O pacto, assinado por pelo menos 21 municípios atingidos, envolve a destinação de R$ 170 bilhões, com R$ 38 milhões já pagos pelas empresas. O prazo para adesão ao acordo encerrou-se em 6 de março.
Durante a estadia em Londres, Juliano compartilhou em suas redes sociais vídeos sobre a reta final do julgamento e a busca por justiça e reparação para Mariana e os afetados pela tragédia. Além de acompanhar as sessões, o prefeito também destacou a importância de trazer boas notícias para a cidade. Com o último dia do julgamento programado para quinta-feira (13), a comunidade de Mariana aguarda ansiosamente por um desfecho no processo judicial que busca responsabilizar a mineradora pela tragédia que marcou a região em 2015.