Prefeito de Posse alega que contrato milionário sob investigação é legal

O prefeito de Posse, Helder Silva Bonfim, diz que o contrato milionário com a empresa BV Ambiental está dentro dos padrões legais. O gestor também alega que Douglas Barbosa, marido de Ana Paula Vinhal, proprietária da BV Ambiental, não foi seu contador durante a campanha eleitoral. O casal possui comunhão estável, por isso, o estado civil de ambos é solteiro.

No início da semana, o Ministério Público (MP) recebeu a denúncia de que a contratação da empresa teria sido feita não respeitando as normas legais de licitação. Segundo o gestor, o processo de contratação está sendo digitalizado para encaminhar ao MP, a fim de esclarecer qualquer dúvida.

Em nota, Helder afirma que o procedimento licitatório da empresa ocorreu observando a Lei das Licitações e Instrução Normativa do Tribunal de Contas do Município. Sobre o valor pago à empresa, a administração afirma que o projeto foi elaborado com base na tabela da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e Manual de Orientações para Análise de Serviços de Limpeza Urbana do Tribunal de Contas do Município.

“O procedimento licitatório emergencial foi feito em observância a toda a legislação pertinente (Lei das Licitações e Instrução Normativa do Tribunal de Contas do Município), utilizando-se projeto básico, cotação de preço junto às empresas do ramo e demais procedimentos exigidos pela Lei de Licitações e norma do TCM.

O projeto básico foi elaborado obedecendo aos valores com base na tabela da GOINFRA/ESTADO DE GOIÁS e, ainda, obedeceu os procedimentos constantes no Manual de Orientações para Análise de Serviços de Limpeza Urbana do TCM/GO (Resolução Administrativa nº 099/2016).”

Ainda de acordo com a gestão, a política de limpeza urbana adotada pela prefeitura vem sendo elogiado e servindo de exemplo para outros municípios.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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