Prefeito de Posse tenta anular CPI, mas Justiça rejeita pedido

O prefeito de Posse, localizado na região nordeste de Goiás, Helder Bonfim (Solidariedade) entrou com um processo para anular a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que o investiga. Porém, o pedido não foi acatado pelo Poder Judiciário do Estado de Goiás (PJ-GO).

A CPI, que apura possível irregularidade na contratação de empresas para prestação de serviços no município, foi instaurada após aprovação unânime da Câmara Municipal de Posse. O pedido de CPI foi protocolado por Anízio Antônio Magalhães, que também registrou uma ocorrência na Polícia Civil (PC) contra o prefeito.

De acordo com a denúncia, a prefeitura teria contratado várias empresas, com dispensa de licitação. Além disso, elas já prestaram serviços ao município, receberam por isso, mas os sócios teriam baixado o CNPJ e criado novas empresas, que foram novamente contratadas pela prefeitura.

Diante da possibilidade de irregularidades, a Câmara decidiu, em março deste ano, investigar as acusações. De acordo com o presidente da CPI, o vereador Abílio Oliveira (PRTB), ao menos 17 pessoas foram ouvidas. O prefeito Helder Bonfim chegou a ser intimado, mas não compareceu.

“A gente intimou ele também, mas ele não foi. Estava dentro do direito dele, e ele não quis prestar depoimento. Ele poderia se defender, mas quis. Mas está no direito dele. Ele poderia não ir ou ir e não falar nada para não gerar provas contra ele”, explicou Abílio.

O presidente da CPI também afirma que, até o momento, todos “os trabalhos ocorreram dentro dos termos regimentais e obedecendo aos prazos normais”. Agora, os autos seguem para o relator.

O relatório final será apresentado no dia 3 de outubro em sessão plenária na Câmara Municipal para apreciação dos vereadores. Caso haja, de fato, irregularidades nos contratos, os vereadores deverão deliberar sobre o afastamento do prefeito.

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Produção de Pequi em Goiás atinge 3,7 mil toneladas em 2023

Em 2023, o estado de Goiás alcançou um marco significativo na produção de pequi, um dos símbolos culturais mais importantes da região. Conforme revela a edição de novembro do Agro em Dados, foram extraídas 3,7 mil toneladas do fruto, representando um crescimento de 21,8% em relação ao ano anterior e estabelecendo um recorde na série histórica da extração de pequi em Goiás.

Os municípios que lideraram a extração de pequi durante o período de referência foram Sitio d’Abadia, com 989 toneladas, Damianopolis, com 599 toneladas, e Mambai, com 385 toneladas, todos localizados no Nordeste goiano. Essas regiões têm demonstrado um potencial produtivo ainda pouco explorado, mas com grande potencial para o desenvolvimento econômico.

A produção de pequi pode contribuir para o crescimento econômico de regiões com potencial produtivo ainda pouco explorado, observa Pedro Leonardo Rezende, titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Essa atividade pode gerar mais empregos e melhorias de renda para populações carentes, explica o secretário, destacando o impacto positivo da cultura do pequi na economia local.

Ilustrando o cenário de expansão da cultura, o pequi foi o principal responsável pelo aumento significativo da quantidade de produtos alimentícios extraídos em Goiás em 2023. Além disso, o fruto impulsionou o valor de produção da extração vegetal como um todo. Segundo dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro deste ano, o pequi gerou R$ 5,65 milhões em valor de produção, correspondendo a 37,1% do valor de produção total na extração vegetal em Goiás.

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