Prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (UB) quer alçar voos mais altos em 2026

Prefeito de Rio Verde em segundo mandato, Paulo do Vale (UB) está de prontidão para as próximas eleições estaduais. Na última semana, durante a Tecnoshow, uma das maiores feiras de tecnologia voltada ao agronegócio, ele deu a deixa de que quer alçar voos mais altos em 2026 – embora não tenha mencionado e nem admitido publicamente a qual cargo deseja concorrer.

“Este ano estou me despedindo da prefeitura, mas não da política. Eu estou só começando; agora tomei gosto”, disse o gestor para uma plateia formada por produtores rurais, empresários, parlamentares e lideranças políticas de Rio Verde e região, incluindo o médico Wellington Carrijo (MDB), pré-candidato a prefeito que ele apoia e cuja vitória é imprescindível para que Paulo do Vale se cacife politicamente para projetos futuros.

Aliados do prefeito apostam que tão logo ele conclua o mandato – e se confirmado o sucesso de Carrijo nas urnas rio-verdenses -, Paulo dará início às articulações para ocupar o posto de candidato a vice-governador na chapa que deve ser encabeçada, em 2026, pelo atual vice, Daniel Vilela (MDB). Com a provável desincompatibilização do governador Ronaldo Caiado (UB), Daniel assumirá o Palácio das Esmeraldas em abril daquele ano e deve tentar a reeleição.

A presença de Paulo na vice do emedebista representaria a manutenção da parceria de sucesso entre UB e MDB no comando do estado que começou nas eleições de 2022. Pesaria contra o prefeito, dizem interlocutores, o fato de ele e o atual vice-governador representarem a mesma região, a Sudoeste.

Já pessoas próximas a Paulo do Vale que trabalham na prefeitura apostam que o foco do gestor é chegar ao Senado em uma das duas vagas que serão abertas com o fim dos mandatos de Vanderlan Cardoso (PSD) e Jorge Kajuru (PSB). Ainda há muito tempo pela frente. E há outro fator que não pode ser desconsiderado. O deputado estadual Lucas do Vale (MDB) é filho de Paulo. E a possibilidade de ele disputar a reeleição ou tentar cadeira na Câmara Federal também deve ter reflexos no projeto do pai.

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Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

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