Prefeito de Senador Canedo recua em pedido de aumento do próprio salário

Prefeito de Senador Canedo recua em pedido de aumento do próprio salário

O prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo (PSD), esteve na sessão plenária da Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (15). Conforme adiantado pelo DE, a sessão discutiria o projeto de lei nº 009/2022, que trata do aumento de 10,06% no salário de servidores públicos, bem como do próprio prefeito, vice-prefeito Magno Silvestre (PSD), secretariado e vereadores. A proposta recebeu duras críticas na sessão e o prefeito recuou. Assim, o projeto não chegou a ser colocado em pauta para votação e o aumento salarial ficou definido apenas para o funcionalismo público.

“Houve sim recomendação do Ministério Público para que o repasse do IPCA fosse estendido a agentes políticos e servidores comissionados para que não houvesse quebra de isonomia. Porém, ouvindo os membros desta Casa, a gente viu que não é o momento para isso e acatamos com tranquilidade. Quando chegar o momento a gente atende a recomendação, quando tiver condições”, reconheceu o prefeito na Câmara.

O projeto previa que o prefeito passasse a receberR$ 24.332. O vice-prefeito Walter Paulo (PRTB) receberia R$ 19.908 e os vereadores R$ 13.272. Os secretários da prefeitura também teriam vencimentos de R$ 13.272.

Segundo o vereador Leonardo Assunção (PL), o aumento de salário dos vereadores, neste momento do mandato, é proibido.

“O salário de vereador tem que aumentar no último ano de mandato para valer no mandato seguinte. Qual o papel da procuradoria? É um absurdo vir um projeto deste para a Casa. Se não pode aumentar o salário dos vereadores, por qual motivo vamos aumentar o de um secretário?”, questionou.

Salários dos professores

Na transmissão da sessão em rede social oficial da Câmara, internautas pediam pelo aumento de 33% no salário dos professores, conforme anunciado pelo governo federal. O questionamento também foi feito ao prefeito na Casa. “A gente está aguardando a portaria do MEC. Se sair, ok. A gente vai respeitar”, disse Fernando Pellozo. Nas redes sociais, os internautas responderam que a portaria já está assinada. “Já foi assinado, é só cumprir”, escreveu um morador de Senador Canedo.

O prefeito também foi cobrado sobre o pagamento do décimo terceiro dos servidores, em atraso desde dezembro. [A prefeitura] está querendo mandar projeto para esta Casa parcelando o décimo terceiro”, afirmou o vereador Leonardo Assunção (PL). “A prefeitura, através da Câmara, vai seguir a própria legislação e continuar com o décimo terceiro integral no aniversário”, respondeu o prefeito.

 

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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