Prefeito do Rio decreta criação de Grupo de Estudos para Força Municipal de Segurança: entenda os detalhes e objetivos

Uma das principais novidades decretadas pela nova gestão prefeito reeleito do Rio, Eduardo Paes (PSD), foi a criação de um grupo de estudos para a criação de uma Força Municipal de Segurança.

Em entrevista após tomar posse, nesta quarta-feira (1º), Paes deu alguns detalhes a mais do que pretende com a nova força de segurança: quer que seja armada, em atuação complementar ao das polícias e da Guarda Municipal – que será reformulada – e em áreas onde o crime organizado não detém o controle do território.

“A gente entende que ela pode fazer um policiamento ostensivo mais firme nas áreas da cidade menos conflagradas como, por exemplo, em que a ocupação territorial ou o monopólio do Estado no uso da força não esteja em discussão. Eu acho que, quando você tem a situação extrema do monopólio da força do Estado estar em discussão, compete às forças de segurança pública – Polícia Judiciária, Polícia Civil, o policiamento ostensivo da Polícia Militar – fazer o enfrentamento e retomar esses territórios. Isso é fundamental. Entendemos então que é um trabalho complementar que, de certa maneira, ao que a Guarda Municipal já faz hoje”, explicou.

Sem falar em efetivo, o prefeito explicou também que a ideia da criação da Força Municipal estuda recrutar egressos das Forças Armadas.

“Essa Força Municipal, nós já começamos a discutir, vamos trabalhar em parceria com a Advocacia Geral da União (AGU), com o próprio Ministério da Justiça, para que a gente possa pegar egressos do sistema de CPOR [Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro], por exemplo, das Forças Armadas Brasileiras. São treinados ali pessoas que ficam por seis, sete ou oito anos nas Forças Armadas.”

Paes deixou nas entrelinhas que o decreto foi uma resposta à campanha eleitoral de 2024, quando adversários atacaram a prefeitura por não atuar no combate à violência de modo mais efetivo. O prefeito criticou o que chamou de “excesso de cara-de-pau”.

“A gente entende, principalmente diante de certos posicionamentos do estado, a gente tenta assumir a responsabilidade, que até não seriam responsabilidades naturais do município. É óbvio que temos limitações (…) O governante tem que assumir as suas responsabilidades. O que me indignou muito no processo eleitoral é o excesso de cara-de-pau de dizer que ia mudar alguma coisa que estava muito mal quando, na verdade, são do mesmo partido. Todos nós sabemos a crise que a gente enfrenta na segurança pública, na questão do domínio territorial e da perda do monopólio da força do Estado.”

Paes deu outros exemplos de atuação da prefeitura na segurança.

“O que a gente vai é fazer mais BRT seguro, usar mais câmeras para ajudar as forças policiais do estado, disponibilizar mais policiamento ostensivo, por exemplo, para centros de bairro para que o estado possa assumir as suas responsabilidades.”

Eduardo Paes toma posse para o 4º mandato à frente do Rio de Janeiro. O decreto 55584 “dispõe sobre a criação de Grupo de Trabalho destinado a elaboração de estudos e análises para a instituição da Força Municipal de Segurança na cidade do Rio de Janeiro”. Veja o que fica decretado:
Fica criado Grupo de Trabalho com o objetivo de empreender estudos, realizar análises e propor ações e projetos relacionados à criação da Força Municipal de Segurança da Cidade do Rio de Janeiro.
O Grupo de Trabalho será coordenado pelo Gabinete do Prefeito e com o apoio da Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio à Segurança Pública (Civitas). Os integrantes serão definidos pelo prefeito.
O Grupo de Trabalho poderá solicitar contribuição e participação de representantes de outros órgãos, entidades de ensino e pesquisa, entidades de classe, especialistas, e demais membros da sociedade civil organizada, para aprofundar o debate técnico sobre o assunto.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Cães da Guarda Municipal: Nero e Diana disponíveis para adoção

Cães da Guarda Municipal ‘se aposentam’ e estão disponíveis para adoção

Nero e Diana têm 7 anos e são da raça pastor alemão. Eles chegaram ao canil da Guarda Municipal ainda filhotes.

Cães da Guarda Municipal estão disponíveis para adoção

Cães da Guarda Municipal estão disponíveis para adoção

Dois cachorros que prestaram serviço para a Guarda-Municipal do Rio estão disponíveis para adoção. Depois de trabalhar muito, Nero e Diana vão “se aposentar”.

“Eles foram responsáveis por proteger os munícipes no dia a dia, no patrulhamento diário e também responsáveis em missões de jogos no Maracanã, eventos. Um dos grandes eventos que eles participaram foi o show da Madonna aqui na Praia de Copacabana”, fala a instrutora do Grupamento de Operações com Cães, Ana Cristina Bittencourt.

Nero e Diana têm 7 anos. Os dois, da raça pastor alemão, chegaram ao canil da Guarda Municipal ainda filhotes.

“Eles foram doados. Essa cadelinha foi doada pra cá filhote, então você acompanha toda uma rotina de crescimento, envelhecimento. Os instrutores adestram os cães, e chega esse momento, é a hora dele tentar descansar um pouquinho, uma folga pra eles”, fala o auxiliar veterinário da Guarda, Alex Marchon.

Para eles, até aqui, tem sido uma vida de muito treinamento e trabalho. Mas o futuro promete ser de menos compromisso e mais diversão.

Os dois estão à procura de um novo lar.

“A gente doa esses cães, coloca eles pra aposentadoria com 7 anos porque eles ainda têm um tempo de vida grande e útil pra ir pra uma família. Pra eles ainda viverem em liberdade, tendo o conforto deles na aposentaria merecida depois de servir à população e ao canil da Guarda Municipal do Rio”, fala Ana Cristina.

Nero e Diana têm 7 anos e são da raça pastor alemão – Foto: Reprodução/TV Globo

Os candidatos devem ser maiores de idade e se apresentar pessoalmente no canil da Guarda Municipal.

“Pra família poder adotar, ela tem que vir no canil da Guarda, fazer uma socialização com esses cães dia a dia, ver a adaptação. Tudo isso tem um critério rigoroso pra que no futuro eles possam levar esses cães par o convívio em família”.

Ana Cristina trabalha no canil da Guarda Municipal há 24 anos. Cada animal que se aposenta é uma despedida dolorosa, mas por uma boa causa.

“A gente sente uma dor porque acaba se tornando família, mas só de a gente saber que o cachorro vai conviver com uma família e ser feliz ali dentro, a gente fica alegre”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp