Dois parlamentares do Maranhão estão sendo acusados de participar de um aborto sem consentimento em um quarto de motel. O prefeito Erivelton Teixeira Neves (PL), da cidade de Carolina, e o vereador Lindomar da Silva Nascimento são réus por um caso de seis anos atrás. Segundo a vítima, Rafaela Maria Santos, ela caiu em uma “armadilha”.
O aborto sem consentimento no Maranhão
De acordo com as informações do caso, Erivelton e Rafaela nutriam um relacionamento juntos em 2017, e costumavam se encontrar em um hotel específico. Em um determinado dia, após descobrirem acerca da gravidez dela, o prefeito a levou para um quarto de motel em Augustinópolis (TO). Essa mudança causou estranheza na mulher, mas ela foi junto com ele até o local.
O prefeito é médico, e por isso alguns o conhecem como Dr. Erivelton. Ainda segundo Rafaela, ele levou um equipamento de ultrassom para examinar a barriga dela, e tentou sedá-la duas vezes. Quando a primeira não deu certo, ele disse que precisava tirar mais sangue. Na segunda, a vítima descreve que “foi horrível” e logo começou a ver tudo embaçado. Depois, percebeu que seria uma armadilha.
A lembrança seguinte de Rafaela foi acordar no banco da frente de um carro, sendo que atrás estava Lindomar, que era motorista de Erivelton. A Polícia Civil afirma que não houve qualquer divergência entre as testemunhas, e que não há dúvidas de que aconteceu um aborto no motel.
A suspeita é de que Erivelton, que não tem registro como obstetra, realizou o aborto sem consentimento da vítima. A defesa do prefeito e do vereador Lindomar declararam que os clientes não foram notificados da ação penal. O caso segue em investigação.