Prefeito que presenteou netos com carros de luxo é “ficha suja”

Prefeito que presentou netos com carros de luxo é

O prefeito de Bom Jesus de Goiás, Adair Henriques da Silva (DEM), ficou conhecido em todo o país depois de presentar 15 netos com carros de luxo. Ano passado, ele teve o diploma negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido a condenação em 2009 por improbidade administrativa e só assumiu ao cargo devido uma decisão liminar (provisória).

Em 2020, Adair foi eleito com 6.224 votos, 50,62% do total, porém, sua candidatura foi indeferida devido a denúncias contra o patrimônio público. Em 2009, o Ministério Público de Goiás (MP-GO), denunciou o prefeito depois dele ter deixado de recolher mais de R$6 milhões para o Instituto de Previdência Municipal de Bom Jesus, entre os anos de 2001 e 2004. Além disso, foi alegado também a doação irregular de 46 terrenos públicos em 2009, que contribuíram para o enriquecimento de outras pessoas, gerando prejuízo aos cofres públicos.

A condenação, em 2009, ocasionou uma pena de 2 anos de prisão, mas foi convertida em multa no valor de R$ 50 mil, paga em 2015. Além disso, ele estava proibido de se candidatar por 8 anos, de acordo com a lei da “ficha limpa”.

O TSE começou a contar o tempo de ilegibilidade a partir de 2015, portanto, Adair só poderia se candidatar em 2024. Os advogados do prefeito recorreram da decisão sob alegação de que o prazo deveria ser contado a partir de 2009, terminando assim, em 2017. Dessa forma, em 2020 sua candidatura já era permitida.

O STF  acolheu a alegação dos advogados de Adair e entendeu que o prazo de inelegibilidade havia vencido, determinando que o prefeito assumisse o cargo. Adair Henriques assumiu a prefeitura de Bom Jesus em setembro do ano passado.

Nas últimas eleições, Adair declarou ao TSE um patrimônio de R$ 24,9 milhões. No cargo de prefeito, ele recebe R$ 24 mil mensais, de acordo com o site da prefeitura de Bom Jesus de Goiás.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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