Última atualização 10/02/2022 | 20:40
O prefeito de Bom Jesus de Goiás, Adair Henriques da Silva (DEM), ficou conhecido em todo o país depois de presentar 15 netos com carros de luxo. Ano passado, ele teve o diploma negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido a condenação em 2009 por improbidade administrativa e só assumiu ao cargo devido uma decisão liminar (provisória).
Em 2020, Adair foi eleito com 6.224 votos, 50,62% do total, porém, sua candidatura foi indeferida devido a denúncias contra o patrimônio público. Em 2009, o Ministério Público de Goiás (MP-GO), denunciou o prefeito depois dele ter deixado de recolher mais de R$6 milhões para o Instituto de Previdência Municipal de Bom Jesus, entre os anos de 2001 e 2004. Além disso, foi alegado também a doação irregular de 46 terrenos públicos em 2009, que contribuíram para o enriquecimento de outras pessoas, gerando prejuízo aos cofres públicos.
A condenação, em 2009, ocasionou uma pena de 2 anos de prisão, mas foi convertida em multa no valor de R$ 50 mil, paga em 2015. Além disso, ele estava proibido de se candidatar por 8 anos, de acordo com a lei da “ficha limpa”.
O TSE começou a contar o tempo de ilegibilidade a partir de 2015, portanto, Adair só poderia se candidatar em 2024. Os advogados do prefeito recorreram da decisão sob alegação de que o prazo deveria ser contado a partir de 2009, terminando assim, em 2017. Dessa forma, em 2020 sua candidatura já era permitida.
O STF acolheu a alegação dos advogados de Adair e entendeu que o prazo de inelegibilidade havia vencido, determinando que o prefeito assumisse o cargo. Adair Henriques assumiu a prefeitura de Bom Jesus em setembro do ano passado.
Nas últimas eleições, Adair declarou ao TSE um patrimônio de R$ 24,9 milhões. No cargo de prefeito, ele recebe R$ 24 mil mensais, de acordo com o site da prefeitura de Bom Jesus de Goiás.