Em ano eleitoral, todo mundo quer um mutirão para chamar de seu. Principalmente os prefeitos que, em busca da reeleição, montam grandes estruturas em determinadas regiões da cidade sob o pretexto de aproximarem os serviços públicos dos cidadãos. Caso de Rogério Cruz (Republicanos), que no último final de semana esteve junto aos moradores do Jardins do Cerrado, na região Oeste de Goiânia, onde foram ofertados mais de 200 tipos de atendimentos.
Em Aparecida, o prefeito Vilmar Mariano (UB) tem cumprido uma série de agendas no Jardim Tiradentes, bairro que completa 34 anos de fundação neste domingo, 21/4. O ponto alto do mutirão aparecidense será neste sábado, quando dezenas de funcionários da prefeitura irão desdobrar-se para responder às demandas dos moradores.
Pra se ter ideia do quanto os prefeitos creem no potencial dos mutirões em render-lhe dividendos eleitorais, o de Aparecida está na 43ª edição; em Goiânia, a meta é fazer um a cada 20 dias. Além disso, como ainda não é permitido pedir votos, a ideia é beneficiar eleitores de uma região com serviços gratuitos a fim de que os mesmos encontrem ali um pretexto, ainda que mínimo, para reeleger o gestor.
O interessante é que até pré-candidatos que não dispõe de uma máquina governamental não querem ficar pra trás. Adversário de Vilmar Marino na corrida eleitoral em Aparecida, o deputado federal Professor Alcides (PL) também realizou um “mutirão”, batizado de “Movimento Científico e Cultural”, que durante três dias ofereceu serviços nas áreas jurídica, de saúde e empresarial, entre outras, em uma grande estrutura montada no Centro Universitário Alfredo Nasser – onde Alcides é reitor -, no Jardim das Esmeraldas.
A estratégia do deputado em garantir, ainda que indiretamente, mais visibilidade à sua pré-campanha, parece ter dado certo: milhares de pessoas passaram pelo dito “movimento”, encerrado nesta sexta-feira com um casamento comunitário. Alcides também conseguiu espaço em veículos de comunicação e divulgou farto material em suas redes sociais.