Prefeitura de Anápolis exonera gerente de unidade de saúde suspeito de crimes sexuais

Ramão Teixeira, 5O anos, já foi demitido da função de gerente de uma unidade de saúde em Anápolis ainda na manhã desta terça-feira (05). Ele estava no cargo desde janeiro de 2021.

A exoneração saiu em edição extraordinária do Diário Oficial do Município publicada na manhã de hoje após o homem ser preso acusado de crimes sexuais como estupro e importunação sexual.

A prisão aconteceu por volta das 7h30 da manhã quando Ramão já estava no expediente. A delegada da Mulher, Isabella Joy, esteve na unidade de saúde acompanhada de agentes da polícia e levou o homem para prestar esclarecimentos na delegacia. Ramão está a disposição do Judiciário.

Policiais também tinham autorização judicial para recolher aparelhos eletrônicos de Ramão que serão periciados durante a apuração dos fatos. Ele não ofereceu resistência à ação policial.

“Cumprimos o mandado de prisão temporária e busca e apreensão em desfavor de Ramão Teixeira Gauto pelos crimes de estupro e importunação sexual. O autor é gerente de um posto de saúde na cidade de Anápolis”, disse a delegada da Mulher.

Isabella Joy acrescentou em um vídeo divulgado pelas redes sociais que duas vítimas procuraram a delegacia informando que foram abusadas pelo homem.

“Uma ele tentou agarrá-la, tocando seus seios e partes íntimas a força e a outra foi abusada por esse autor por aproximadamente seis vezes. Diante dessas informações eu representei pela prisão temporária busca e apreensão”, contou a delegada.

Ainda de acordo com Isabella Joy as duas denunciantes informaram que existem outras prováveis mulheres vítimas de violência sexual cometidas por Ramão, mas que não procuraram a delegacia por medo de fazerem a notícia crime.

“Cumprimos a operação Resguardo e acreditamos que novas vítimas poderão aparecer. conforme a Lei de Abuso de Autoridade na portaria 547 de 2021da Polícia Civil será divulgada a imagem do autor para que novas vítimas compareçam até a delegacia da Mulher em Anápolis.

Ainda de acordo com a delegada Isabella, Ramão tem passagens pela polícia no Mato Grosso do Sul por crimes sexuais. À época, de acordo com a polícia, ele não foi preso por falta de provas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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