Prefeitura de Bela Vista de Goiás tem 50% de processos dos professores por não cumprimento de benefícios

Cerca de 50% do magistério público ativo de Bela Vista de Goiás moveu ação de cobrança contra a Prefeitura por não cumprir com as progressões e benefícios funcionais da categoria.

A iniciativa judicial começou em outubro do ano passado, e envolvem vários direitos devidos ao magistério público municipal. Ao todo, estima-se cerca de 60 processos em curso.

Nossa equipe conversou com o advogado responsável pela maioria das ações, Dr. Higor Rômulo S. de Oliveira, atuante na defesa de agentes públicos. “Em linhas gerais o nosso objetivo é o reconhecimento das evoluções funcionais não concedidas pela municipalidade”, pontuou o advogado.

“Em várias matérias, o direito encontra-se incorporado ao patrimônio jurídico dos docentes, a tendência é a procedência de todas as ações, ressalvado a hipótese de a prefeitura apresentar algum fator extintivo de direitos”, completou Higor.

Após pressão, em março deste ano, a prefeitura concedeu parcialmente algumas das progressões pendentes, porém, sem considerar todo o retroativo.

Em pesquisa, registra-se que na atual gestão houve recordes em ações judiciais movidas pelo magistério público bela-vistense, as primeiras sentenças condenatórias já transitaram em julgado e a tendência é que as demais ações tenham o mesmo desfecho.

Ao longo do ano passado, inúmeros protestos foram realizados pela categoria com objetivo de entrar em acordo para o pagamento tanto do piso salarial quanto de seus direitos funcionais.

A nossa equipe ouviu vários profissionais da educação, que nos trouxe a informação que após reuniões a portas fechadas, dificuldades foram impostas pela prefeitura de Bela Vista, tanto em relação aos benefícios funcionais que em sua maioria não são concedidos desde o final do ano de 2016, além do piso salarial.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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