Prefeitura de Goiânia alerta população sobre perigos de colocar fogo em folhagens e restos de poda

Ciente de que no inverno algumas árvores naturalmente perdem as folhagens, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), orienta a população para a remoção e destinação correta das folhas secas que se acumulam no chão. A varrição das praças, ruas, avenidas e sarjetas cabe à Comurg, já as calçadas são de responsabilidade dos moradores, que não devem em hipótese alguma fazer uso do fogo.

“Quando o cidadão junta as folhagens da calçada, do quintal e até mesmo restos de poda do jardim e queima, existe um grande risco de o vento mudar de direção e espalhar as chamas, colocando sob ameaça as casas e quem estiver dentro delas. Não é exagero, há inúmeros relatos de acidentes com essa dinâmica que se desenrolaram em questão de minutos. Não vale a pena arriscar”, pontua o presidente da Comurg, Rodolpho Bueno.

Ele explica que o correto é ensacar as folhas das calçadas e colocar na lixeira para que o caminhão da coleta orgânica recolha. Ele lembra que o ato de colocar fogo nos resíduos configura crime ambiental passível de punição. “Ainda que seja dentro de propriedades particulares, tal conduta provoca a liberação de gases e prejudica a atmosfera, que é um bem da comunidade”, pontua.

O lançamento de fumaça proveniente da queima dos resíduos domésticos têm elevado potencial de acarretar prejuízos à saúde da vizinhança, sobretudo nesta época do ano de baixa umidade do ar. Doenças respiratórias, como asma, bronquite, rinite, sinusite e outras alergias tendem a se agravar neste cenário.

“Além disso, é comum durante a varrição se misturar às folhagens embalagens e plásticos, e a queima desses materiais é maléfica ao ambiente, uma vez que libera substâncias tóxicas que podem se depositar nas águas, no solo e na vegetação, contaminando o ser humano e os demais animais”, destaca o presidente da Comurg.

Árvores caducifólias

Árvores e plantas caducifólias são aquelas que perdem todas as folhas na chegada do outono ou inverno. Elas são encontradas em locais que passam por períodos de escassez de chuva. A liberação das folhas é uma estratégia para impedir a perda de água pela transpiração e assim conseguir preservar a reserva líquida até a volta da estação chuvosa.

Ipês, resedá, moringa, caraíba, pata de vaca, sete copas, jacarandá, flamboyant, sibipiruna, acácias, pau-formiga, cega machado, guapuruvu e cambuí são as árvores das quais caem mais folhas nesta época do ano.

“Na calçada as folhagens tornam o passeio escorregadio e favorecem as quedas dos caminhantes. Mas ao mesmo tempo a manutenção e limpeza precisam ser executadas com responsabilidade para não prejudicar terceiros. O bom senso é fundamental”, declara o coordenador de Viveiros da Comurg, Luiz Sávio.

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PF indiciou Bolsonaro e militares por plano de golpe e assassinato de autoridades

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. Além do ex-presidente, a PF concluiu que mais 36 pessoas estão envolvidas, entre elas ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), e Braga Netto (Defesa), além de outros militares e aliados do ex-presidente.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que os indiciados foram responsáveis por tramas golpistas, ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, e até um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado e prestou depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21, sendo considerado um dos últimos testemunhos a serem ouvidos no caso.

Entre os crimes atribuídos aos indiciados estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Plano de assassinato

Além das investigações sobre os atos golpistas, a PF realizou uma operação, na terça-feira (19), contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. A organização, composta principalmente por militares das Forças Especiais, visava a realização de um golpe para impedir a posse do governo eleito em 2022.

A investigação revelou que o plano de assassinato foi preparado para o dia 15 de dezembro de 2022, e que Moraes estava sendo monitorado de forma contínua. A organização também tinha a intenção de criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências de suas ações.

A PF concluiu que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

O 8 de Janeiro e as consequências

Em 8 de janeiro de 2023, seguidores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, em protesto contra o resultado das eleições de 2022. O governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal e mais de 1.800 pessoas foram presas nos dias seguintes.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro identificaram financiadores e grupos organizados que planejaram os ataques. Bolsonaro passou a ser investigado após surgirem evidências de que ele havia incentivado discursos golpistas, levando o STF a aceitar denúncias contra centenas de envolvidos. Vários réus já foram condenados por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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