Prefeitura de Goiânia aplicou 21,4% de recursos próprios em saúde no ano de 2023

Em audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia na manhã desta segunda-feira (15/4), o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, prestou contas do terceiro quadrimestre de 2023, como previsto na Lei Complementar 141/2012. Entre os dados apresentados, o Pollara mostrou que em 2023 a Prefeitura de Goiânia aplicou 21,4% de recursos próprios na área da saúde, valor acima do percentual mínimo de 15% da arrecadação estabelecido na Constituição Federal para ações em serviço público de saúde.

De um total de R$ 5.079 milhões arrecadados, o município aplicou R$ 1.087 milhão na saúde, o que significa 21,4%. “Desde o início da gestão, o prefeito Rogério sempre fechou o ano com mais de 20% da arrecadação aplicados na saúde, sempre esteve acima do mínimo estabelecido por lei. Ele realmente tem uma grande preocupação em melhorar a assistência prestada à população, é mais uma forma de cuidar de quem mora aqui em Goiânia”, afirmou o secretário.

A aplicação das verbas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é concentrada em cinco programas principais: fortalecimento da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecimento da atenção primária com a contratação de mais profissionais e melhoria das unidades de saúde, ampliação do atendimento em média e alta complexidade com a qualificação e contratação de mais profissionais e prestadores, qualificação das ações de vigilância em saúde e fortalecimento das ações de assistência farmacêutica.

Pollara exibiu dados da produção hospitalar e pré-hospitalar, da atenção à saúde mental, da vigilância sanitária e de ações de combate à dengue. Conforme mostrado, em 2023 Goiânia realizou 82.534 internações hospitalares de residentes na capital. Foram feitas 562 auditorias, sendo que 94,9% junto a prestadores.

Em atenção primária à saúde foram 8.120.228 atendimentos e na urgência 254.012, sendo 190.629 na parte de ambulatório e 63.383 na rede hospitalar. Na atenção psicossocial foram 68.113 atendimentos ambulatoriais e 4.150 internações. Já na produção de serviços na média e alta complexidade Goiânia realizou 9.867.537 procedimentos ambulatoriais e 81.751 hospitalares.

Em vigilância em saúde foram 61.677 ações de promoção e prevenção à saúde e finalidade diagnóstica. No combate à dengue foram recolhidos 20.140 pneus e atendidas 1.954 denúncias. A qualificação das unidades de saúde também fez parte da apresentação do secretário. Um total de 18 unidades passaram por completa revitalização em 2023. Ao final da audiência, o Pollara respondeu questionamentos feitos por parlamentares e representantes de entidades de classe.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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