Prefeitura de Goiânia assegura capacitação de 1,8 mil mulheres

Prefeitura de Goiânia assegura capacitação de 1,8 mil mulheres

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), investe na formação profissionalizante de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Na gestão do prefeito Rogério Cruz, 1.830 alunas concluíram cursos nas áreas de panificação, cozinha, modelagem industrial, cortes de tecido, técnicas de massagem e depilação.Objetivo é assegurar às mulheres independência financeira, para que possam romper o ciclo de violência a que, muitas vezes, estão submetidas.

A capacitação conta com aulas práticas e disciplinas teóricas de empreendedorismo. “A independência financeira da mulher é uma questão de sobrevivência. O trabalho da SMPM em Goiânia recupera a autoestima e cuida da família”, ressalta a secretária da Mulher, Tatiana Lemos.

Rosângela Pereira, de 56 anos, concluiu o curso de técnicas de massagem e depilação. Ela já começou a trabalhar na área de beleza e o próximo passo é abrir seu próprio salão. “Estou me sentindo realizada. Agora é recomeço da minha vida. Depois da conclusão do curso, percebo que tenho muito a aprender, ensinar e a buscar. O universo da mulher não tem limite”, afirma.

Já Juliana Lúcia Campos, de 25 anos, relata a transformação vivenciou após a finalização do curso de embelezamento das mãos e pés. Viúva e com três filhos para sustentar, agora consegue trabalhar em casa. “Aprendi que posso ter minhas vizinhas como clientes. Atualmente, tenho minha própria renda e autonomia financeira”, comemora.

Casa Abrigo Sempre Viva

A Prefeitura de Goiânia oferece também a Casa Abrigo Sempre Viva, com o serviço de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica e com risco de morte, bem como seus dependentes. O local conta com uma equipe multidisciplinar para apoiar as vítimas, que podem permanecer no abrigo por 90 dias. O prazo pode ser prorrogado de acordo com a avaliação dos profissionais que atuam no atendimento.

A Casa Abrigo Sempre Viva recebeu, em 2021, 31 mulheres e 17 crianças. Já em 2022, foram atendidas 39 mulheres e 45 crianças. O espaço, que tem capacidade para acolher 50 mulheres, fica aberto 24 horas por dia. O encaminhamento é feito pelas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam).

Casa da Mulher Brasileira

A Prefeitura administra, por meio da Secretaria da Mulher, a construção da Casa da Mulher Brasileira. A obra tem recursos federais de R$ 14 milhões. O espaço será um centro de referência em atendimento humanizado a vítimas de violência doméstica. O prédio será construído no Setor Goiânia 2 e ofertará atendimentos judiciários e psicológicos, alojamento e cursos de capacitação.

A unidade será edificada em terreno de cinco mil metros quadrados, doado pela administração municipal, e contará com Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Promotoria Pública e Defensoria Pública Especializada da Mulher, Alojamento de passagem, brinquedoteca e fraldário. Também haverá apoio psicossocial e capacitação para autonomia econômica.

A administração municipal aguarda a liberação dos recursos por parte da Caixa Econômica Federal para dar início à construção da Casa da Mulher Brasileira.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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