Prefeitura de Goiânia criará comitê para combate à Covid-19 

Na tarde desta sexta-feira, 19, o secretário municipal de Saúde, Dr. Durval Pedroso, apresentou panorama das medidas de combate à pandemia da Covid-19 em Goiânia. A apresentação foi realizada durante reunião convocada pelo prefeito Rogério Cruz com o secretariado para discutir as propostas da nota técnica publicada no dia 16 pelo governo do Estado.

O secretário Durval Pedroso pediu a planilha de dados para analisar quais elementos foram usados para elaboração da nota. Outros pontos verificados serão a gestão eficiente dos leitos de UTI, fiscalização e acompanhamento dos casos por região. Após a análise, deve ser elaborado um decreto por parte da Prefeitura de Goiânia com novas diretrizes para o combate à Covid-19 na capital. 

A decisão de não publicar um decreto imediatamente foi devido a necessidade de analisar a situação especificamente em Goiânia. Por sugestão de Durval Pedroso, o comitê de trabalho foi criado e deve trazer dados sólidos sobre cada área para estruturar a elaboração do decreto até a próxima segunda-feira, 22.

Ações de combate à pandemia

Devido a gravidade do momento, a Prefeitura de Goiânia declara que o município já tem adotado restrições mais duras. Entre elas o fechamento de bares e restaurantes a partir das 23 horas, o funcionamento de academias e quadras esportivas com 30% da capacidade. Assim como a abertura de 52 novos leitos de UTI para atender pacientes de Covid-19. 

Além disso, equipes da Vigilância Sanitária realizaram, desde 27 de janeiro, a fiscalização de 396 estabelecimentos, dentre os quais 76 foram autuados e fechados. De acordo com Dr. Durval Pedroso, as principais ocorrências foram aglomerações, não uso de máscaras, funcionamento irregular ou fora do horário. 

Fiscalização

A Central de Fiscalização Covid-19 segue neste final de semana com a fiscalização de estabelecimentos de Goiânia. Equipes saem às 21 horas desta sexta-feira, 19, de quatro Batalhões da Polícia Militar (BPM), distribuídos pela capital, para fiscalizar o cumprimento da lei seca e dos protocolos sanitários de prevenção à Covid-19, assim como, evitar aglomerações.

No domingo, 21, a fiscalização acontece através do plantão de denúncias. As denúncias podem ser feitas pelo cidadão por meio do aplicativo “Prefeitura 24 horas”. 

Foto: Prefeitura de Goiânia

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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