Prefeitura de Goiânia implanta monitoramento em tempo real nas ambulâncias do Samu

Os veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) começaram a ser monitorados via satélite, em tempo real, na Capital, nesta quinta-feira, 10. O projeto implantado pela Prefeitura de Goiânia já monitora 41 unidades móveis de saúde pelo sistema de georreferenciamento.

O novo serviço possibilitará que a direção do Samu e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acompanhem o trajeto das ambulâncias e o tempo de permanência em cada local. Entre os 41 veículos monitorados, 18 são para o transporte básico (comum), 18 para o transporte sanitário e cinco para o transporte avançado (com UTI móvel).

De acordo com o diretor geral do Samu, André Braga, o sistema de rastreamento garantirá mais eficiência durante o trabalho dos profissionais médicos. “O objetivo do georreferenciamento é garantir mais agilidade no serviço prestado à população, assegurando mais qualidade de atendimento da rede de urgência e emergência e também mais segurança para os profissionais que atuam na área”, explica.

O serviço é totalmente online e permite que os gestores do Samu tenham acesso às coordenadas e visualize diversos dados das unidades móveis. “A partir de agora teremos acesso às rotas das ambulâncias, tipos de atendimentos e tempo-resposta. Essas informações vão auxiliar na tomada de decisões durante os atendimentos de emergência”, pontua.

Além do monitoramento via satélite, em até 90 dias os veículos do Samu estarão equipados com câmeras de vigilância. “A partir da implantação dessas novas medidas, queremos tornar mais transparente o trabalho da instituição”, finaliza André Braga.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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