Prefeitura de Goiânia institui novos procedimentos para análise de projetos na capital

Prefeitura de Goiânia institui novos procedimentos para análise de projetos na capital

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), publicou na edição suplementar desta segunda-feira (1º/7) do Diário Oficial do Município (DOM) decreto que institui novos procedimentos administrativos para análise e aprovação de projetos arquitetônicos na capital. As novas regras passam a valer para 16 tipologias de processos analisados pela pasta.

Conforme o decreto, o trâmite dos projetos arquitetônicos passa a englobar três fases principais, da abertura física ou virtual do processo, análise documental, análise técnica, aprovação e a emissão do respectivo alvará. As únicas exceções a esse trâmite são inerentes aos processos administrativos para Alvarás de Aceite, de Regularização e de Autorização de Torre de Transmissão, tendo em vista que essas tipologias possuem legislações próprias que disciplinam suas análises.

Outra novidade trazida pelo decreto diz respeito a quantidade limite de análises técnicas a que cada processo poderá ser submetido. A partir de agora, serão realizadas até cinco análises do projeto pela Seplanh Goiânia, divididas em primeira análise, reanálises de um a três e reanálise quatro. Atendidas todas as regras trazidas pelas legislações urbanísticas, o projeto segue para emissão do alvará, que será realizada após a baixa bancária da taxa final do processo.

“As novas regras trazidas pelo decreto buscam deixar mais claros e objetivos os procedimentos e os trâmites aos quais cada processo será submetido, conforme dispõe o Código de Obras e Edificações do município. A ampliação do número de reanálises dos projetos vem para atender um pedido dos profissionais que atuam na área, bem como dos contribuintes, que em alguns casos precisam substituir os responsáveis pela confecção dos projetos devido a alteração de legislação recente. Nosso objetivo é orientar de forma clara todos os envolvidos e deixar mais célere a análise dos processos”, destaca o titular da Seplanh, Valfran Ribeiro.

Caso as solicitações indicadas não sejam totalmente atendidas até a quarta análise, o interessado terá até 15 dias úteis, contados a partir da data de emissão do indeferimento, para apresentar recurso junto ao departamento jurídico da Seplanh Goiânia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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