Prefeitura de Goiânia planeja retorno de aulas presenciais

O retorno das aulas presencias do município de Goiânia, ainda sem data oficial, está previsto para segunda quinzena do mês de agosto. Segundo o secretário de Educação da capital, Marcelo Ferreira da Costa tudo depende das estatísticas do Covid.

A proposta é que aconteça um retorno gradativo quando a contaminação estiver estabilizada. A volta começa pelos funcionários das escolas municipais e por último as crianças. Segundo o secretário de Educação as escolas se diferem do comércio pois os alunos não possuem atendimentos individualizados.

“Porque não podemos falar em data, nós dependemos da quantidade de casos que nós temos na cidade e o comportamento da curva epidemiológica, para o comércio é uma realidade diferente e pode atender um usuário de cada vez, mas na escola, por mais que façamos uma volta escalonada e é isso que está se descortinando, não é possível atender as crianças de forma individualizada. O protocolo para a escola é um pouco mais rígido”, conclui o secretário.

Marcelo Ferreira diz que está sendo estudada a forma de manter o distanciamento entre os estudantes, quais adaptações serão feitas e o aumento das medidas de higiene. “Nós achamos que a partir do dia 30 e a curva já estiver uma estabilidade de patamar e vislumbrarmos uma queda do número de casos, podemos pensar numa volta gradativa, primeiro os servidores, com calma, garantindo a segurança de todo mundo, preparando o ambiente e depois das crianças. Isso talvez se dê depois da segunda quinzena de agosto se houver condições epidemiológicas para isso”, explica o secretário.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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