Prefeitura de Goiânia prepara convocação de aprovados em concurso público

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Administração (Semad), analisa os pedidos para convocação de novos servidores em diversas pastas nas áreas de abrangência do concurso público realizado neste ano.

A expectativa é de que, em breve, sejam realizados chamamentos para os cargos e até mesmo a utilização do cadastro de reservas para os setores da educação, saúde, assistência social e infraestrutura.

O secretário de Administração, Denes Pereira, explica que, logo após a homologação do concurso, no final de setembro, as secretarias começaram a apresentar demandas para atuação de novos servidores.

“Há uma grande necessidade de preenchimento de vagas. Goiânia cresceu muito e tivemos a construção de escolas, Cmeis, unidades de saúde, assistência social, sem contar a necessidade para o quadro de servidores que atua nas obras. Com isso, demos andamento aos pedidos que estão em fase final de análise para que possamos convocar os aprovados”, destaca.

Os processos foram encaminhados para Secretaria de Finanças (Sefin) e Procuradoria Geral do Município (PGM), e retornam, em seguida, para os chamamentos.

O concurso público da Prefeitura de Goiânia teve o encerramento no mês de setembro com a divulgação dos aprovados nas 1.376 vagas para cargos nos setores de educação, saúde, assistência social e infraestrutura.

Ao todo, o concurso reuniu 100.535 candidatos a uma das 1.376 vagas em todos os níveis, fundamental, médio e superior. Os salários variam de R$ 1.212 mil a R$ 3.452 mil, que são acrescidos com benefícios de acordo com o cargo e com o decorrer do tempo de serviço e plano de carreira que irá prever progressões salariais verticais, horizontais, quinquênios ou adicionais.

Os cargos mais concorridos do certame foram da área de educação, primeiro o de Agente de Apoio Educacional, de nível fundamental, seguido por Auxiliar de Atividades Educativas e o de Profissional da Educação II, pedagogo. As provas foram realizadas entre os meses de abril e maio. Inicialmente, o concurso estava previsto para ser realizado em 2020, mas foi suspenso devido à pandemia de Covid-19, e retomado pela gestão do prefeito Rogério Cruz.

Número de vagas por níveis e cargos no concurso

Nível Fundamental
Agente de Apoio Educacional (100 vagas).

Nível Médio
Saúde – Agente Comunitário de Saúde- ACS (64 vagas) e Agente de Controle de Endemias- ACE (50 vagas), Auxiliar em Saúde (58 vagas, sendo 30 auxiliares de enfermagem, 18 de farmácia e 10 de saúde bucal), Educador Social, Técnico em Saúde (87 Enfermagem, 02 Enfermagem do Trabalho, 10 Imobilização Ortopédica, 10 Radiologia, 10 laboratório e 04 Necropsia).
Educação – Assistente Administrativo da Educação (25 vagas) Auxiliar de Atividades Educativas (200 vagas).

Nível Superior
Assistência Social – Analista de Assuntos Sociais (01 vaga), Analista em Comunicação Social (01 vaga), Analista em Cultura e Desportos (01 vaga), Analista em Assuntos Sociais (62 vagas – 25 para Assistentes Sociais, 12 para pedagogos e 25 para psicólogos) – Analista em Cultura e Desporto (45 vagas para profissionais de Educação Física), Educador Social (45 vagas) – Profissional de Educação Física (02 vagas).
Saúde – Especialista em Saúde (69 enfermeiros – 23 dentistas) e Médico (211 vagas) Arteterapeuta (06 vagas) Biólogo (01 vaga), Biomédico (05 vagas) e Enfermeiro Intensivista (01 vaga).
Educação – Profissional da Educação II (194 vagas).
Infraestrutura – Analista em Obras e Urbanismo – (Arquiteto 07 vagas – Engenheiro Civil 29 vagas – Engenheiro Eletricista 02 vagas – Tecnólogo em Construção de Edifícios 02 vagas e Tecnólogo em Construção de Vias Terrestres – 01 vaga).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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