Prefeitura de Goiânia prepara plano de contingenciamento para tempestades na capital

A Prefeitura de Goiânia prepara um plano de contingenciamento para garantir respostas ágeis em caso de danos provocados por tempestades na capital. Os trabalhos são coordenados pela Defesa Civil, que realizou a primeira reunião nesta terça-feira (5/9), em conjunto com representantes das Secretarias Municipais, Instituições Privadas, Equatorial, Saneago, Governo de Goiás e o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas (CIMEHGO), que prevê indicativos de tempestades sobre a Capital nos meses de janeiro e fevereiro de 2024.

“Nós estamos preparando esse plano para diminuir os efeitos adversos do período chuvoso, como alagamentos, deslizamentos e outras situações que podem ocorrer nesse cenário. Vamos realizar exercícios de simulação para reduzir o tempo de ação em casos de tragédia. A ideia é que cada órgão esteja preparado para executar suas atribuições com o menor tempo de resposta possível”, explica o coordenador operacional da Defesa Civil, Anderson Marcos.

Segundo Anderson Marcos, a expectativa é que outros órgãos compareçam no próximo encontro, marcado para a próxima quarta-feira (12/9), para que sejam estudados os procedimentos adotados em cada emergência e iniciada a preparação para a execução de simulações de tragédias. “A Defesa Civil já mapeou os locais de risco e dimensionou a quantidade de pessoas em situação vulnerável. A partir de agora será elaborado um documento único, incluindo todos os órgãos envolvidos, com os procedimentos necessários em cada situação de emergência”, reforça.

Também estão previstas atividades preventivas, como palestras em escolas e ações de divulgação, para conscientizar a sociedade da importância de não jogar lixo nas ruas, o que compromete a rede de drenagem, entre outras ações.

Tempestades

O gerente do CIMEHGO, André Amorim, participou da reunião e alertou que nos próximos meses estão previstas chuvas fortes na região Centro-Norte do Estado de Goiás, onde Goiânia está incluída, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro de 2024. “Um dos problemas que vejo como crítico é a situação das pessoas colocarem lixo no chão, ao invés de utilizar lixeira. Então, a primeira coisa que acontece é a chuva arrastar esse lixo e tapar os bueiros”, alerta.

É importante lembrar que a Prefeitura de Goiânia disponibiliza, por meio da Companhia de Urbanização e Goiânia (Comurg), além da coleta regular de lixo, serviços como o cata-treco, responsável pela coleta de resíduos volumosos inservíveis gerados nas residências, além de cinco ecopontos, onde o cidadão pode descartar corretamente entulhos, galhadas, pneus e itens recicláveis.

 

 

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Ministro do STJ diz que autismo é ‘problema’ e que clínicas são ‘passeios’

Na última sexta-feira, 22, durante um evento em São Paulo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha, fez declarações polêmicas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Saldanha afirmou que o autismo é um “problema” e que as clínicas especializadas em tratamento promovem “passeios na floresta” para as crianças.
“Para os pais, é uma tranquilidade saber que o seu filho, que tem um problema, vai ficar de 6 a 8 horas por dia em uma clínica especializada, passeando na floresta. Mas isso custa,” disse Saldanha durante o Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde. Essa comparação gerou forte reação entre os presentes e na comunidade autista.
 
A advogada Aline Plentz, que coordena um grupo que luta pelos direitos de pessoas autistas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jabaquara (SP), se sentiu ofendida pelas palavras do ministro. “Eu, como mãe de um autista, me senti totalmente ofendida. Não é uma tristeza ter uma pessoa com deficiência na família. Tristeza é ter um ministro nos representando e ter uma fala tão infeliz como esta,” destacou.
A promotora de Justiça do Amapá, Fábia Nilci Santana de Souza, também criticou as declarações de Saldanha. “Foi muito infeliz a fala, quando ele mencionou que, aos pais, era muito cômodo encaminhar os filhos para uma clínica, para ficarem 6 ou 8 horas. Eu tenho um filho autista de 17 anos, ele sofre por isso, a família sofre. E não existe a família ficar feliz quando tem um filho com transtorno que sofre discriminação, sofre exclusão,” disse.

Crítica à Lei Romário

Durante a palestra, transmitida no canal do YouTube do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Saldanha criticou a Lei Romário, que instituiu critérios para que beneficiários de planos de saúde possam solicitar a cobertura de procedimentos não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Essa Lei 14.454, chamada de Lei Romário, porque o senador Romário foi indicado como relator. Não por acaso, mas ele tem um filho com problemas de cognição, uma filha, não sei bem… É uma lei que abriu, não fala em medicina baseada em evidência, ela fala o seguinte: se vier um laudo técnico, tem que conceder [tratamento],” explicou.
Saldanha também afirmou que “qualquer um” pode ter “fator de autismo”. “Então, crianças que estão dentro do espectro, Transtorno do Espectro Autista, que é uma abrangência, o autismo pode ser, qualquer um de nós pode ter um fator de autismo, qualquer um de nós, acredito que eu, deva ter também, mas é um espectro enorme e começaram a brotar clínicas de autismo.”
 
O autismo, segundo o Ministério da Saúde, é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. As características incluem dificuldade de comunicação, socialização e comportamento limitado e repetitivo. Os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade.

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