Prefeitura de Goiânia promove entrega de cobertores para pessoas em situação de rua

Monitoramento da temperatura na capital possibilita estruturar e ampliar logística de acolhimento emergencial para pernoite, caso haja registro de baixas temperaturas

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) e da Defesa Civil, promove a entrega de cobertores a pessoas em extrema vulnerabilidade social, para que possam enfrentar os impactos provocados pelas baixas temperaturas registradas na capital goianiense.

A entrega de cobertores está sendo realizada com o objetivo de proporcionar mais conforto e proteção aos mais necessitados, principalmente às pessoas em situação de rua. A ação teve início no dia 28 de maio, com o lançamento da Campanha do Agasalho, e segue nos dias com registro de baixas temperaturas. “O objetivo é ofertar dignidade aos mais vulneráveis, reforçando o compromisso do prefeito Rogério com o bem-estar da população, especialmente nos momentos de maior adversidade”, pontua a secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Luanna Sousa.

Já foram percorridos diversos pontos com maior aglomeração de pessoas em situação de rua, como os setores Campinas, Centro, Universitário e Vila Abajá. As Casas de Acolhida Cidadã I e II também foram beneficiadas com a entrega de cobertores. Com o monitoramento da temperatura na capital, é possível estruturar e ampliar logística de acolhimento emergencial para pernoite, caso haja registro de baixas temperaturas.

A população pode acionar a equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) por meio do telefone (62) 3524-2690 para atender chamados e realizar abordagem social durante o período noturno, ofertando vagas para pernoites nas unidades de acolhimento.

Doações
A população pode colaborar com a Campanha do Agasalho por meio de doações, as quais podem ser entregues em dois pontos de coleta: na sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), na Rua 8, nº 558, Setor Oeste, e no hall do Paço Municipal, no Park Lozandes.

 

 

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Restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos faz descoberta de cemitério de africanos escravizados

A restauração da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá, culminou em uma importante descoberta arqueológica: um cemitério com mais de 200 anos. Durante as escavações para a implantação de um sistema de drenagem, os arqueólogos encontraram ossadas que, segundo especialistas, são possivelmente de africanos escravizados e negros libertos.

A obra, iniciada em abril deste ano, é realizada pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com um investimento de R$ 3,5 milhões. A conclusão está prevista para 2025. A descoberta das ossadas aconteceu em novembro, quando 35 ossadas foram exumadas sob o calçamento externo, e centenas de outros túmulos foram identificados.

Importância Histórica e Cultural

“É uma descoberta importantíssima para a história de Jaraguá e do estado de Goiás, pois nos permite resgatar a memória histórica de um período significativo para a formação cultural”, ressalta a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. Este achado reforça a importância da preservação do patrimônio material e imaterial, conectando-nos com as raízes de nossa história.

Além das ossadas, os trabalhos também revelaram, com a remoção do piso de madeira, 56 campas funerárias numeradas dentro da igreja. Segundo os arqueólogos, há cerca de 150 sepultamentos nas laterais, no fundo e no pátio frontal da igreja. “Tem um sepultamento atravessado embaixo da escada da igreja, então quer dizer que aquela escada não é tão antiga, não é a original da construção. Em alguns locais a gente encontrou sobreposição de esqueleto, ou seja, existia o uso contínuo dessas covas”, conta o arqueólogo Wagner Magalhães.

A equipe agora enfrenta o desafio de extrair o máximo de informações possíveis sobre os esqueletos, que estão em péssimas condições de preservação devido ao solo úmido do local. As ossadas retiradas serão estudadas em laboratório para obter informações sobre sexo e faixa etária. Posteriormente, será feito um levantamento histórico com base nos registros de batismo e morte.

“Foi um trabalho surpreendente não só porque é inédito, mas é uma coisa que está mexendo com a memória. Quem eram essas pessoas? Apesar de não ter a história completa, a gente tem uma ideia do que aconteceu ali”, ressalta a arqueóloga Elaine Alencastro.

Educação patrimonial

Após o trabalho de curadoria da equipe arqueológica, a Secult, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Goiás, vai oferecer uma ação de educação patrimonial na igreja. “Todas as nossas obras já possuem tapumes educativos que contam a história do edifício, mas, com essa descoberta, vamos montar uma estrutura na igreja para que todos possam conhecer mais sobre essa história que ficou escondida durante tantos anos”, adianta a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, Bruna Arruda.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi construída em 1776 pela irmandade de negros de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Nessa época, era comum a construção de igrejas específicas para a população negra. “Essa igreja foi dedicada aos pretos e foi construída por eles, e a população africana teve um papel importantíssimo até para a formação da cidade de Jaraguá. Então o que a gente tem aqui é um pouquinho da nossa história e traz também um pouco da história do início das minas de ouro, desses povos que trabalharam lá”, explica Wagner Magalhães.

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