A Prefeitura de Goiânia realiza investimentos para que o transporte coletivo seja mais atrativo e funcional aos usuários por meio do subsídio que repassa à Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC). Apenas em 2025, a gestão atual pagou cerca de R$ 232 milhões, incluindo o pagamento de parcelas atrasadas da gestão anterior, no valor de pouco mais de R$ 69 milhões. A capital arca com 41,2% do subsídio total do transporte público da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), mesmo porcentual que repassa o governo do Estado. O restante é pago por outros municípios da RMG.
O subsídio também possibilita a manutenção da passagem em R$ 4,30 para o usuário, valor mantido desde 2019. Sem esse subsídio, o valor real da passagem seria de R$ 12,51. A capital goiana é a única brasileira que não teve aumento no valor no preço da passagem há seis anos. Além disso, a verba pública garante obras fundamentais para o sistema, como reformas em terminais, estações completamente revitalizadas, e melhorias como entregas de novos ônibus com ar condicionado, o que traz mais conforto e dignidade aos passageiros.
Ônibus e terminais
O repasse da Prefeitura à CMTC tem proporcionado a melhoria na frota dos ônibus. Os atuais veículos são padrão Euro VI nas linhas alimentadoras. Atualmente, são 1,2 mil veículos, mas o objetivo é que, até o final do próximo ano, mais 300 novos ônibus reforcem o transporte coletivo da Grande Goiânia. Os veículos são movidos a diesel, elétrico e a biometano. Este último é capaz de trazer economia em gastos e reduzir a emissão de gases poluentes no meio ambiente. Uma política pública de contribuição às metas mundiais de redução de gases na atmosfera.
O investimento público possibilitou a reconstrução de todas as 19 plataformas do BRT Leste-Oeste. Elas, agora, contam com painéis que trazem os horários dos ônibus e sistema de modernização em catracas. Além disso, o Terminal Novo Mundo foi completamente reformado. A área de embarque e desembarque passou de 5,3 mil para 6,4 mil metros quadrados e um novo estacionamento para 35 ônibus. O terminal também ganhou catracas inteligentes com sistema anti-evasão, portão eletrônico de acesso, novos bancos, lixeiras, bebedouros e sanitários, além de escadas, rampas, piso tátil, comunicação em braile e iluminação de LED. Houve a implantação de 36 câmeras de videomonitoramento ligadas à Secretaria de Segurança Pública, painéis informativos e um Centro Comercial Popular, com a capacidade de até 84 permissionários.
Outros quatro terminais seguem em reforma – o da Praça da Bíblia é o que possui os trabalhos mais adiantados, já em fase final de acabamento. Todos vão seguir o mesmo padrão visando a organização e comodidade dos usuários. Além disso, a expectativa é colocar Goiânia como a primeira cidade a operar regularmente uma frota de ônibus biarticulados 100% elétricos. Os novos veículos, com 28 metros de comprimento, estão sendo fabricados pela Volvo. Cinco exemplares devem integrar a frota goiana até o fim do ano.
Metronização
O BRT Norte-Sul vem melhorando o tempo de viagem com uma via exclusiva e com mais acessibilidade e segurança ao usuário. Além disso, os passageiros realizam o embarque e desembarque seguros em plataformas modernas e confortáveis, o que proporciona uma nova experiência de deslocamento dentro do transporte público. Outro ponto que tem ajudado na eficiência do transporte público é a metronização. Com uso de inteligência artificial, o sistema ajusta os semáforos em tempo real para dar mais fluidez aos ônibus.
Segundo o prefeito, o objetivo é fazer com que o transporte coletivo “comande o trânsito”. “Faz com que o ônibus ganhe 30%, 40% a mais de velocidade”, informou o gestor municipal. A ferramenta já funciona entre os terminais Novo Mundo-Praça da Bíblia e Isidória-Praça Cívica. A meta, segundo o prefeito, é implantar a novidade numa extensão de 240 quilômetros em toda a cidade.
Além disso, os abrigos e pontos de paradas passam por uma renovação, com a reforma, limpeza e manutenção necessárias para padronizar o atendimento aos usuários. É feito, ainda, um trabalho de permanente com identificação de pontos de parada de forma padronizada, ou seja, onde não há possibilidade de instalação de um abrigo, é feita a instalação de placa de identificação com padrão e de fácil acessibilidade.
Também contribuem para a melhoria do transporte público medidas como a liberação da terceira faixa de ônibus para motos, onda verde com semáforos sincronizados, mais de 80 cruzamentos destravados com “direita livre”, além da desobstrução de vias e retirada de contêineres que atrapalhavam o fluxo urbano.