Prefeitura de Goiânia tapa crateras no Jardim Petrópolis após reportagem do DE

Há cerca de duas semanas, o jornalismo do Diário do Estado denunciou o abandono de uma obra de pavimentação asfáltica no Jardim Petrópolis, em Goiânia. O DE também mostrou o medo da população devido o risco de acidentes por conta de crateras em algumas vias do setor. Após a reportagem, a Secretaria de infraestrutura urbana de Goiânia (SEINFRA) tapou os buracos e explicou que a obra será retomada em 2022. No entanto, foi realizado um um serviço de terraplanagem no bairro para amenizar o sofrimento da população com as chuvas.

O líder comunitário Júnior Vieira de Mendonça, explicou que o asfalto começou a chegar a região em outubro de 2020, por meio de uma obra da prefeitura orçada em R$ 9 milhões. Entretanto, a obra que deveria ser entregue em fevereiro de 2021 está atrasada há quase 10 meses, e desde de setembro está abandonada por falta de verba.

Agora, Júnior diz que as esperanças da população foram renovadas e que o tapamento das crateras foi um alivio ao moradores que temiam acidentes.

“A população agradece o apoio e a cobrança. As crateras estavam representando um grande perigo para os moradores, principalmente para motoristas. Agora é esperar o asfalto”, concluiu.

Cratera antes de ser denunciada pelo DE / Foto: Arquivo

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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