Prefeitura de Porangatu é investigada por desvio de verbas durante 10 anos

Prefeitura de Porangatu é investigada por desvio de verbas durante 10 anos

A Prefeitura de Porangatu foi alvo de uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU), nesta quinta-feira, 16, devido a suspeita de desvio de recursos públicos na área da saúde do município. O crime teria sido praticado por 10 anos.

Segundo o delegado Rafael Valadares, as investigações indicam que, durante as gestões municipais de 2012 a 2016 e 2020 a 2022, alguns laboratórios receberam montantes de verbas destinadas à saúde pública, gerida pelo próprio município. O dinheiro desviado, inclusive, seria destinado ao fornecimento de exames laboratoriais e de diagnóstico por imagem, como tomografias.

Ao todo, 40 agentes e seis servidores da CGU cumprem 10 mandados judiciais de busca e apreensão em hospitais, na prefeitura e na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

“O objeto dessas licitações seria a prestação de exames laboratoriais a pacientes internados em alguns hospitais da cidade. A investigação apurou movimentações atípicas entre os sócios dos estabelecimentos, conluio e, inclusive, doações eleitorais aos supostos envolvidos, gestores e prefeito da cidade”, disse o delegado.

Ajustes 

Para a CGU, as investigações contribuirão não só para a combate de uma potencial atividade fraudulenta e lesiva ao patrimônio público, como também possibilita a realização de ajustes na gestão para melhorias gerais na condução das políticas públicas de apoio ao SUS.

O inquérito policial teve início após a denúncia de um cidadão, que indicou possíveis fraudes em processos licitatórios. Segundo o delegado, a CGU identificou diversas fraudes em licitações e contratos administrativos.

Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, associação criminosa, contratação direta ilegal e frustação do caráter competitivo de licitação, com penas máximas que, somadas, podem atingir 31 anos de reclusão.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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