Prefeitura de Santa Luzia firma acordo para manter Hospital São João de Deus

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Prefeitura de Santa Luzia faz acordo para evitar fechamento do Hospital São João de Deus

Funcionários da unidade estão com salários atrasados e cirurgias foram suspensas. Executivo informou que vai repassar aporte de R$ 1 milhão mais cinco parcelas de cerca de R$ 500 mil.

Prefeitura de Santa Luzia faz acordo para evitar fechamento de hospital

A Prefeitura de Santa Luzia, na Grande BH, chegou a um acordo com a direção do Hospital São João de Deus para evitar que a unidade feche as portas. O espaço funciona para atender, principalmente, as cirurgias eletivas, as que são agendadas.

A unidade realiza desde partos a operações de cabeça e pescoço, mas a falta de recursos é uma ameaça real. No início de março, funcionários protestaram depois de ficar sem receber salários, pois o Executivo é responsável por praticamente 100% da verba que entra no hospital filantrópico, que acumula uma dívida de mais de R$ 3,6 milhões com o hospital.

Quando o dinheiro pelos serviços prestados na unidade hospitalar não chega, os problemas vão se acumulando. É funcionário trabalhando sem saber se vai receber, são cirurgias que deixam de acontecer e a população fica insegura sem saber se vai ser atendida.

A prefeitura e a direção do hospital se reuniram para achar uma solução. O prefeito Paulo Bigodinho (Avante) afirma que o contrato com o hospital vai ser mantido até agosto e que deve ser renovado.

> “Hoje nós celebramos um termo de ajuste de contas com o hospital. Ainda tinha
> ficado uma dívida, de cerca de R$ 3,5 milhões, e hoje nós fizemos um aporte de
> R$ 1 milhão e vamos pagar mais cinco parcelas de aproximadamente R$ 500 mil.
> Posteriomente, ao final do contrato, a gente pensa em celebrar uma nova
> parceria comprando serviços, cirurgias de acordo com a demanda, que temos aqui
> na Prefeitura de Santa Luzia”, disse.

Contudo, os serviços de maternidade não serão mais oferecidos. A maioria dos partos acontece em Belo Horizonte, segundo o secretário municipal de saúde, Rodrigo Gazeto.

> “Já existe uma pactuação com o Sofia Feldman, onde esse parto custa menos de
> 10% do valor que é pago aqui. No Hospital Diário do Estado hoje só havia dois
> pacientes sendo atendidos na clínica médica. A unidade hospitalar está
> praticamente vazia”, falou.

O presidente da unidade disse que sem os recursos, o atendimento foi desmobilizado porque faltou dinheiro para pagar médicos e insumos. Com a retomada dos pagamentos, a situação vai mudar o mais rápido possível, segundo a direção.

> “Nós suspendemos as atividades por falta de insumos. Nós nunca imaginávamos
> fechar as portas. Nós temos aí, penso eu, que, em média, uns 40 dias para que
> nós possamos, realmente voltar a uma atividade”, explicou Frederico Orzil.

Nas ruas da cidade, a notícia de que os serviços do São João de Deus serão retomados chegou com uma sensação de alívio.

> “Tem só dois hospitais e ele é de muita necessidade para a população, que é
> grande”, falou a aposentada Dilza de Souza.

> “É um hospital que está aqui há anos e não pode ser fechado, não. Ele faz
> muita falta pra gente aqui”, destacou a dona de casa Nilma Ferreira.

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